No
seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA),
realizado hoje no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade
Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica
hoje atualizada, salienta-se para sábado e madrugada de domingo, um agravamento
das condições meteorológicas atuais, com especial incidência para as regiões a
norte do rio Tejo e, em particular, para as regiões do Minho e Douro Litoral.
Destacam-se como principais fatores:
–Precipitação: Ocorrência de aguaceiros que poderão ser fortes (> 10mm/h,
40mm/24h) em particular nas regiões Norte e Centro;
–Vento: moderado a forte do quadrante Oeste com rajadas a variar entre 85km/h –
100km/h, no litoral e terras altas, respetivamente e com possibilidade de
fenómenos extremos à passagem da frente no dia 06;
–Agitação marítima – na costa ocidental, forte de NW (4 a 5 m), com período de
pico 14-16s que se prolongará até domingo;
–Neve – Queda de neve acima dos 800/1000m nas serras da região norte e acima dos
1200m na serra da Estrela.
Face
à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
–Piso
rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água;
–Possibilidade
de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou
insuficiências dos sistemas de drenagem;
–Possibilidade
de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais
vulneráveis;
–Inundações
de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
–Danos
em estruturas montadas ou suspensas;
–Possibilidade
de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
–Possíveis
acidentes na orla costeira.
A
ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado,
sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em
particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação
e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações,
nomeadamente:
–Garantir
a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de
inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre
escoamento das águas;
–Adotar
uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a
possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
–Não
atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou
viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
–Proceder
à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas
áreas atingidas pela queda de neve;
–Garantir
uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e
outras estruturas suspensas;
–Ter
especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas,
estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de
vento mais forte;
–Ter
especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas
historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a
circulação e permanência nestes locais;
–Não
praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva,
desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de
veículos muito próximos da orla marítima;
–Estar
atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e
Forças de Segurança.
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Fonte:
ANPC
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