O radar do Porto Santo foi adjudicado pelo Instituto
Português do Mar e da Atmosfera, conforme anunciou ontem, em nota enviada à
Comunicação Social, o Ministério do Mar. A infra-estrutura deverá ir para o
terreno em finais deste ano. Com um prazo de execução de 11 meses, a obra é para
estar pronta em Outubro de 2017, conforme refere o director do IPMA, Victor
Prior, em declarações ao JM
O fornecimento e Instalação do Radar Meteorológico em
Porto Santo tem um custo de 3.238.219,65 euros. Este investimento é financiado
pelo Programa Operacional Temático de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de
Recursos (POSEUR), sendo comparticipado em 12% pela componente nacional (377.159
euros) e em 88% pela componente comunitária
(€2.861.060,65).
Trata-se de um radar meteorológico Doppler que vai
permitir melhorar os modelos de previsão do estado do tempo a muito curto prazo
e garantir uma eficaz vigilância meteorológica, em tempo real. Desta forma,
sublinha o Ministério do Mar, «vai contribuir para melhorar a segurança de
pessoas e bens e, consequentemente, a economia da região, em particular a que
está ligada ao turismo e aos transportes aéreos e
marítimos».
Victor Prior não quer, para já, se alongar muito em
comentários, uma vez que, conforme assinala, não estão ainda concluídos todos os
procedimentos administrativos. No entanto, garante que a solução técnica será a
mesma e que o projecto base será, portanto, mantido. A estrutura será colocada
no Pico do Espigão, depois do Pico do Castelo ter sido inicialmente apontado. «É
de referir que a melhor localização técnica do radar é a que permite a melhor
vigilância de todo o Arquipélago da Madeira e tal acontece em Porto Santo. A
instalação na Madeira na zona do Pico do Areeiro, por exemplo, limitaria os
resultados operacionais, uma vez que o varrimento efectuado pelo radar começaria
a cotas muito elevadas (1800 metros), deixando toda a camada atmosférica, entre
o mar e os 1800 metros, sem observações. Tendo também em conta que a área, num
raio de 20 a 30 quilómetros, centrada no Radar, não é coberta pelo Radar (cone
de sombra), não seria possível acompanhar o forçamento orográfico da
precipitação, ou seja, o desenvolvimento de nuvens verticais, pelo que seria
inadequada esta e qualquer outra localização na ilha da Madeira», enaltece.
Miguel Ângelo
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Fonte (texto e imagem): Jornal daMadeira
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