quinta-feira, 3 de novembro de 2016

5960. Radar do Porto Santo concluído em 2017

O radar do Porto Santo foi adjudicado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, conforme anunciou ontem, em nota enviada à Comunicação Social, o Ministério do Mar. A infra-estrutura deverá ir para o terreno em finais deste ano. Com um prazo de execução de 11 meses, a obra é para estar pronta em Outubro de 2017, conforme refere o director do IPMA, Victor Prior, em declarações ao JM
O fornecimento e Instalação do Radar Meteorológico em Porto Santo tem um custo de 3.238.219,65 euros. Este investimento é financiado pelo Programa Operacional Temático de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), sendo comparticipado em 12% pela componente nacional (377.159 euros) e em 88% pela componente comunitária (€2.861.060,65).
Trata-se de um radar meteorológico Doppler que vai permitir melhorar os modelos de previsão do estado do tempo a muito curto prazo e garantir uma eficaz vigilância meteorológica, em tempo real. Desta forma, sublinha o Ministério do Mar, «vai contribuir para melhorar a segurança de pessoas e bens e, consequentemente, a economia da região, em particular a que está ligada ao turismo e aos transportes aéreos e marítimos».
Victor Prior não quer, para já, se alongar muito em comentários, uma vez que, conforme assinala, não estão ainda concluídos todos os procedimentos administrativos. No entanto, garante que a solução técnica será a mesma e que o projecto base será, portanto, mantido. A estrutura será colocada no Pico do Espigão, depois do Pico do Castelo ter sido inicialmente apontado. «É de referir que a melhor localização técnica do radar é a que permite a melhor vigilância de todo o Arquipélago da Madeira e tal acontece em Porto Santo. A instalação na Madeira na zona do Pico do Areeiro, por exemplo, limitaria os resultados operacionais, uma vez que o varrimento efectuado pelo radar começaria a cotas muito elevadas (1800 metros), deixando toda a camada atmosférica, entre o mar e os 1800 metros, sem observações. Tendo também em conta que a área, num raio de 20 a 30 quilómetros, centrada no Radar, não é coberta pelo Radar (cone de sombra), não seria possível acompanhar o forçamento orográfico da precipitação, ou seja, o desenvolvimento de nuvens verticais, pelo que seria inadequada esta e qualquer outra localização na ilha da Madeira», enaltece.
Miguel Ângelo
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Fonte (texto e imagem): Jornal daMadeira

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