O cancro da pele é uma realidade e, em Portugal, dos cerca de 12 mil novos casos
anuais, mil são melanomas. Nesta quarta-feira, assinala-se o Dia Europeu do
Melanoma.
A
La Roche-Posay em parceria com a Associação Portuguesa Contra o Cancro (APCC)
levará a cabo um rastreio de pele em mais de 40 serviços de dermatologia do
continente e ilhas.
Um
conselho básico para evitar o cancro provocado pelo sol é ter cuidado com a
exposição solar e evitar as horas de maior incidência, das 12h às 16h, lembra a
dermatologista Daniela Cunha, do Hospital Cuf Descobertas e convidada pela
Bioderma para falar sobre o cancro da pele.
A
especialista chamou a atenção para o uso de chapéu de abas por causa das
orelhas ou então para a necessidade de não esquecer esta parte do corpo quando
se põe o protector solar, porque "muitos tumores surgem nas orelhas",
justifica.
Daniela
Cunha sublinhou ainda que não é porque os portugueses são mais morenos que devem
ter menos atenção aos cuidados com o sol e aconselha um protector com índice de
protecção superior a 30. A médica explica que um protector 50 não bloqueia 50%
da radiação, mas que em cada 100 fotões passam dois para a pele. Portanto, é
mais correcto falar de um filtro solar – expressão usada pelos brasileiros, diz
– do que de um protector, porque o creme filtra a luz solar, deixando-a passar
para a pele que, por isso, deve estar protegida com roupa, com uma sombra ou com
creme.
A
médica lembra ainda que o protector deve ser posto em casa e não na praia, 30
minutos antes, e chegados à praia, o creme deve ser reforçado e reaplicado de
duas em duas horas numa quantidade que cubra a pele toda porque "não há
intoxicação por protector solar".
A
prevenção do cancro da pele começa em casa – Quanto
às
crianças o cuidado deve ser redobrado porque o risco de um escaldão é maior, uma
vez que os mais novos têm a pele mais fina e imatura. A dermatologista aconselha
o uso de protectores à base de minerais antes dos dez anos. Os minerais também
são uma boa opção para as pessoas que têm peles mais sensíveis ou problemas de
pele.
O
melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave, e a sua incidência tem vindo a
aumentar em todo o mundo. Em comunicado, a La Roche-Posay refere que um em cada
dois portugueses "nunca terá consultado um dermatologista para verificar os seus
sinais cutâneos". Por isso, com este Dia Europeu do Melanoma pretende-se alertar
a população para "os perigos da exposição solar, as suas consequências e a
importância de um diagnóstico precoce, nomeadamente através de uma observação
regular".
(Texto adaptado sem conteúdos publicitários; texto
original aqui)
Bárbara
Wong
* * * * *
* * * * * *
Fonte: PÚBLICO
Sem comentários:
Enviar um comentário