quarta-feira, 17 de maio de 2017

6241. No dia do cancro da pele vamos falar de protecção solar

O cancro da pele é uma realidade e, em Portugal, dos cerca de 12 mil novos casos anuais, mil são melanomas. Nesta quarta-feira, assinala-se o Dia Europeu do Melanoma.
A La Roche-Posay em parceria com a Associação Portuguesa Contra o Cancro (APCC) levará a cabo um rastreio de pele em mais de 40 serviços de dermatologia do continente e ilhas.
Um conselho básico para evitar o cancro provocado pelo sol é ter cuidado com a exposição solar e evitar as horas de maior incidência, das 12h às 16h, lembra a dermatologista Daniela Cunha, do Hospital Cuf Descobertas e convidada pela Bioderma para falar sobre o cancro da pele.
A especialista chamou  a atenção para o uso de chapéu de abas por causa das orelhas ou então para a necessidade de não esquecer esta parte do corpo quando se põe o protector solar, porque "muitos tumores surgem nas orelhas", justifica.
Daniela Cunha sublinhou ainda que não é porque os portugueses são mais morenos que devem ter menos atenção aos cuidados com o sol e aconselha um protector com índice de protecção superior a 30. A médica explica que um protector 50 não bloqueia 50% da radiação, mas que em cada 100 fotões passam dois para a pele. Portanto, é mais correcto falar de um filtro solar – expressão usada pelos brasileiros, diz – do que de um protector, porque o creme filtra a luz solar, deixando-a passar para a pele que, por isso, deve estar protegida com roupa, com uma sombra ou com creme.
A médica lembra ainda que o protector deve ser posto em casa e não na praia, 30 minutos antes, e chegados à praia, o creme deve ser reforçado e reaplicado de duas em duas horas numa quantidade que cubra a pele toda porque "não há intoxicação por protector solar".
A prevenção do cancro da pele começa em casa – Quanto às crianças o cuidado deve ser redobrado porque o risco de um escaldão é maior, uma vez que os mais novos têm a pele mais fina e imatura. A dermatologista aconselha o uso de protectores à base de minerais antes dos dez anos. Os minerais também são uma boa opção para as pessoas que têm peles mais sensíveis ou problemas de pele.
O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave, e a sua incidência tem vindo a aumentar em todo o mundo. Em comunicado, a La Roche-Posay refere que um em cada dois portugueses "nunca terá consultado um dermatologista para verificar os seus sinais cutâneos". Por isso, com este Dia Europeu do Melanoma pretende-se alertar a população para "os perigos da exposição solar, as suas consequências e a importância de um diagnóstico precoce, nomeadamente através de uma observação regular".
(Texto adaptado sem conteúdos publicitários; texto original aqui)
Bárbara Wong
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Fonte: PÚBLICO

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