quarta-feira, 9 de agosto de 2017

6375. INCÊNDIOS: Câmara de Vila Real aciona Plano de Emergência Municipal



A Câmara Municipal de Vila Real activou o Plano de Emergência Municipal, devido a um incêndio que está a consumir mato e pinhal, desde as 16.30 horas desta quarta-feira, e a ameaçar várias aldeias da Serra do Alvão. O vento forte está a ser o principal obstáculo que os bombeiros e outras forças da Protecção Civil estão a enfrentar. Encontram-se no terreno mais de 400 bombeiros a combater o fogo, com cerca de 120 viaturas.
As chamas começaram junto à aldeia de Paredes e avançaram rapidamente na direcção de Cravelas, Testeira, Outeiro, Relva, Alto de Borbela, Couto e Lordelo. Fonte da autarquia informou que algumas pessoas foram retiradas das aldeias de Couto, Relva e Alto de Borbela, por precaução, por estarem na linha do fogo. Trata-se de idosos acamados, que estão a ser alojados nas instalações do Regimento de Infantaria 13, em Vila Real.
Chegaram a ser mobilizados oito aviões e helicópteros, mas o fumo intenso dificultou a actuação dos meios aéreos que deixaram de operar ao início da noite. O presidente a Câmara, Rui Santos, sublinhou que "não vai ser uma noite fácil porque o vento não está a dar tréguas". "O vento é muito forte, com sentidos variados e com projecções de faúlhas a uma distância considerável e há alguma imprevisibilidade no sentido em que caminhará o incêndio", explicou. Há preocupação com várias localidades espalhadas pela encosta da Serra do Alvão "pela incerteza do vento e dos lados para que onde vai mudando".
Por voltas das 23.45 horas, a Câmara de Vila Real informou, através da sua página do Facebook, que "a ligeira melhoria das condições climatéricas tem permitido que a situação no terreno evolua favoravelmente". "Não há registo de vítimas graves do incêndio que lavra no concelho e não há danos significativos em habitações", acrescentou. O autarca lamentou ainda que os dois focos que deram origem às duas frentes do incêndio, que entretanto se juntaram, tenham surgido ao final da tarde. "É, obviamente, motivo de perplexidade", afirmou.
Rui Santos pediu "calma às pessoas" e deixou a garantia de que "os bombeiros estão a fazer tudo o que podem". Outeiro era, ao início da noite, uma aldeia coberta de fumo e onde os residentes olhavam angustiados para o incêndio que rodeia a Serra do Alvão, com alguns dos seus habitantes concentrados junto a uma das entradas da localidade, expectantes com a proximidade do fogo, que avançava a grande velocidade, arrastado por um vento muito forte.
Muitos dos habitantes retiraram o gado que estava a pastar e trouxeram-nos para a segurança da aldeia na encosta da Serra do Alvão e outros optaram por regar os quintais e os telhados das habitações, para prevenir o alastrar do fogo.
Sandra Borges
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