Os incêndios florestais que se
alastram pela Grécia já provocaram ao menos 74 mortes, informou o serviço de
Defesa Civil do país no começo da tarde desta terça-feira (24/07). Além disso,
há pelo menos 170 feridos, muitos deles em estado crítico. A Defesa Civil grega
pediu ajuda à União Europeia (UE) para combater o fogo.
Os números devem aumentar ainda
mais nas próximas horas, pois as autoridades continuam a receber telefonemas de
alerta para pessoas desaparecidas. Mais de 3 mil bombeiros estão em acção. As
chamas estão fora de controlo desde a tarde desta segunda-feira, devido aos
fortes ventos na região. O fogo destruiu várias casas e obrigou dezenas de
pessoas a deixarem suas residências.
Ainda não se sabe o que causou o
fogo. Os números da actual tragédia já superam o incêndio florestal de 2007,
quando mais de 60 pessoas morreram. Um porta-voz da Cruz Vermelha disse à rede
de televisão pública ERT que, depois de terem sido encontrados 24 corpos na
segunda-feira, os bombeiros descobriram nesta terça-feira mais 26 cadáveres
carbonizados num campo localizado na pequena cidade de Mati. Aparentemente, o
grupo, que incluía adultos e crianças, morreu abraçado, a poucos metros do mar.
Todas as vítimas foram
encontradas entre o porto de Rafina, a cerca de 30 quilómetros de Atenas, e Nea
Makri, cerca de dez quilómetros mais ao norte. As vítimas estavam em casa ou
nos seus carros. Outras tentaram fugir do fogo atirando-se ao mar, mas acabaram
por morrer afogadas. Entre os mortos está uma adolescente de 15 anos. Segundo
testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters, quatro pessoas morreram
quando o fogo atingiu uma rodovia na comunidade de Mati, ao leste de Atenas, um
popular destino turístico. Duas pessoas morreram numa moto e outras duas num
carro.
A polícia estimou ainda que 300
pessoas estejam presas em suas casas. Um orfanato, duas bases militares,
acampamentos de verão para crianças em Atenas e diversas comunidades na região
foram evacuados. Um primeiro incêndio florestal começou no nordeste de Atenas,
na área de Penteli, estendendo-se à cidade de Rafina. Em Mati, a guarda
costeira enviou um barco de patrulha para retirar as pessoas de uma praia que
ficou cercada pelas chamas. A guarda costeira afirmou que várias pessoas
entraram no mar em pânico com aproximação do fogo. Várias foram resgatadas, mas
há relatos de desaparecidos, incluindo quatro turistas da Dinamarca.
Um segundo incêndio devastou
florestas montanhosas de pinheiros, a 50 quilómetros ao oeste de Atenas. O
incêndio criou uma nuvem de fumaça tão espessa fazendo com que as principais
vias rodoviárias entre a península de Peloponeso e Grécia continental fossem
fechadas. Autoridades gregas declararam estado de emergência ao leste e oeste
da grande Atenas. A Defesa Civil da Grécia pediu ajuda à União Europeia (UE)
para combater o fogo. O país necessita de recursos terrestres e aéreos para
controlar as chamas.
"Estamos lidando com algo
completamente assimétrico", afirmou o primeiro-ministro grego, Alexis
Tsipras, que encurtou uma viagem oficial à Bósnia-Herzegovina diante da
situação. "Estamos fazendo tudo que é humanamente possível para controlar
esses incêndios", acrescentou.
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Fonte (Texto e imagem): DeutscheWelle
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