terça-feira, 30 de setembro de 2008

2019. Efeito estufa e aquecimento global

Uma das maiores preocupações do mundo de hoje é o perigo do aquecimento global. Tema recorrente na imprensa, rádio e televisão. Todos os países reconhecem que a acção do homem contra o ambiente se traduz no agravamento da saúde das próximas gerações e é de nefastas consequências sociais e económicas.
Há gases naturais, sobretudo o dióxido de carbono CO 2, que criam uma camada (espécie de telhado), deixando a luz entrar e não deixando o calor sair. O efeito estufa é um fenómeno natural responsável pelo aquecimento do planeta e, dentro dos seus limites naturais, é benéfico e responsável pela vida na terra. Mas acontece que o crescimento de riqueza, sobretudo a partir da Revolução Industrial, tem comprometido o natural equilíbrio.
As novas tecnologias com vista a um acelerado desenvolvimento de novas industrias e criação de novos produtos têm um preço - o excesso dessa camada de gases provoca um aquecimento global que se traduz na ocorrência de variações climáticas a começar pelo degelo e pelas ondas de calor. Com o degelo aumenta o nível das águas dos oceanos. Daí as habituais cheias que obrigam ao abandono desesperado de famílias de suas casas com perda de haveres e de milhares de vidas de seres humanos e animais também.
E com isto, alterações profundas económicas e sociais. Na Europa, as ondas de calor têm atingido, por vezes, os 40 graus centígrados; ciclones atingem o Brasil, onde aumenta o número de desertos. Fortes furacões causam a morte e destruição em várias regiões do planeta. Calotes polares estão a derreter, pondo em perigo o avanço dos oceanos sobre as cidades litorais. Tudo isto é causado pelo aquecimento global, no entender dos cientistas.
Este fenómeno do aumento de aquecimento é devido especialmente à combustão de combustíveis fósseis, à desflorestação e ao consumismo. Daí tornar-se necessário aprovar medidas drásticas que travem esse desequilíbrio no sistema natural da Terra.
São vários os gases de estufa, mas o CO 2 é responsável por cerca de 64% do efeito estufa. É sabido que a fotossíntese é uma importante função, pois permite às plantas verdes, em presença da luz, fixarem o carbono do CO 2 e libertarem o oxigénio. Mas o egoísmo do homem está a dar cabo das grandes florestas a começar pelas tropicais onde o atropelo ambiental não tem limites.
A floresta tropical americana, africana e indo-malaia têm uma extensão que significa 20% das terras do planeta. Felizmente ainda com razoável cobertura vegetal, apesar do egoísmo do homem que aposta em destrui-las, a qualquer preço.
O Protocolo de Quioto é um tratado internacional, ratificado em 15 de Março de 1999, por cerca de 55% dos países que, juntos, produzem 55% das emissões de gases. Os Estados Unidos da América negaram-se a ratificar o Tratado com o fundamento alegado por George Bush de que os compromissos impostos pelo protocolo, no sentido de diminuição dos gases, interfeririam negativamente na economia norte americana. Claro que numa economia de mercado o cumprimento de tais compromissos traduz-se em custos mais altos dificultando a competitividade.
Mas se o tratado vier a ser ratificado por todos os países a competitividade não será afectada. Alerta vermelho é o título de uma grande entrevista publicada no último número da revista Exame. Nicholas Stern, entrevistado na London of Economics, no seu próprio gabinete, dedica-se hoje a investigar o impacte das alterações climáticas na economia global.
Economista de renome, antigo economista-chefe e vice-presidente do Bano Mundial. Fala sobre a crise económica e nas suas inúmeras causas, destacando, entre estas, o boom imobiliário no mundo; acredita que a crise financeira, imobiliária e energética terminará dentro de dois anos; pensa que os cidadãos e os players do mercado já estão a pensar em conseguir alternativas ao petróleo e também sobre a forma de poupar energia.
Não concorda com os analistas que prevêem o número mágico de 200 dólares por barril de petróleo, a curto prazo. Acrescenta mesmo: "se lhe soubesse dizer o preço para amanhã...seria muito rico". Não considera impossível o desenvolvimento na Europa das energias renováveis sem os fundos da Comissão Europeia. Mas acrescenta ser muito importante para a Comissão ter esses fundos.
Mais diz que a Alemanha e a Espanha já investem muito no vento, e outros países como a Dinamarca também. E nós não somos excepção. Mas de realçar que a cotação da bolsa da energia eólica está muito abaixo do preço da subscrição pública para aumento do capital que teve lugar, ainda há pouco tempo. Não lembra ao diabo uma subscrição cujo preço não tenha sido inferior ao preço da primeira cotação na bolsa. Mais parece um roubo! O ajuste de contas há-de surgir no próximo aumento de capital por subscrição.
Acredita Nicholas Stern, mesmo com optimismo, que o mundo está a ficar sensível para estes problemas ambientais. Diz mais que o custo das alterações climáticas pode custar 20% do produto interno bruto, se nada for feita para travar essas desenfreadas alterações.
De louvar o ex-vice presidente norte-americano, Al Gore, a quem foi atribuído o Nobel da Paz pela sua luta contra as alterações climáticas, cujo prémio reverterá a favor da sua Aliança para a Protecção do Clima.
Posto isto ou o capitalismo ganha juízo ou as futuras gerações seguramente que não irão morrer de frio.
Avelino Barroso
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Fonte: Expresso

2 comentários:

Anónimo disse...

temos que alertar as pessoas de que assim nao dar para viver....
desse modo o que vamos conseguir e um
planeta sujo arrasado pelo aquecimento global por isso temos que unir nossas forças ejuntos coseguiremos viver num mundo mellhor e maisagradavel!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Realmente.Se não procurarmos enxergar esse problema que está a nossa frente,as consequências serão bem maiores.O ser humano precisa se conscientizar disso♥