sábado, 17 de novembro de 2012

4106. Tempo de Outono (Alentejo)

O indício de um dia de precipitação moderada para hoje foi prognosticado pelo Instituto de Meteorologia que ontem, ao final do dia, colocou os distritos do sul do continente em alerta amarelo e laranja por acumulação de precipitação. A situação sinóptica prognosticava a passagem de um núcleo de baixas pressões sobre o sul do território de Portugal Continental ao longo do dia de hoje.
Por volta das 11h00 desta amanhã, o centro de baixas pressões inicia o seu trajecto sobre o território do continente, sensivelmente à latitude de Setúbal e em deslocação para leste, em direcção à Espanha. Ao meio da tarde, o centro de baixas pressões encontrava-se no interior do Alentejo.
Tendo em conta a trajectória dos ventos em superfície ser contrária ao dos ponteiros do relógio, a injecção de massa de ar quente, tropical derivada, proporcionou a ocorrência de períodos de chuva moderados a fortes no bordo sul/oriental do centro de baixas pressões, o que proporcionou a ocorrência de precipitação significativa no Alentejo desde o início da manhã e até sensivelmente ao final da tarde, cessando as precipitações de oeste para este.
A pressão atmosférica em Estremoz foi diminuindo, passando de 1005 hPa ao início da manhã para os 1002 hPa ao início da tarde; a manhã ficou marcada por períodos de chuva persistente, moderada e por vezes intensa; só por volta das 14h00 surgiram os primeiros intervalos curtos sem precipitação.
Tendo em conta a antevisão feita, fiz o trajecto Estremoz – Évora entre as 16h15 e as 17h00, período que deveria coincidir com a passagem para leste do centro de baixas pressões sensivelmente sobre a mesma zona.
As fotografias, colocadas por ordem cronológica, demonstram a intempérie que então se abatia sobre o maciço da Serra d`Ossa e, as últimas, referem-se à região circundante à cidade de Évora. Para além da intempérie, no percurso inicial, destaca-se a cobertura por lençóis de água de extensas áreas mais planas. Vários troços das estradas secundárias cobertos de água, muitos ribeiros já com caudal fora do seu leito. Enfim, um Outono que começa a ficar excedentário em termos de pluviosidade pelo Alentejo Central.













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