sábado, 25 de novembro de 2006

663. Família desalojada na Régua, várias casas inundadas

A subida de 10 metros do caudal do Rio Douro na Régua provocou inundações em quatro habitações, tendo uma família ficado desalojada no Lugar da Barroca, e em 20 estabelecimentos comerciais da Avenida João Franco. O comandante operacional distrital de Vila Real, Carlos Silva, disse à Lusa que a casa de uma família, um casal e o filho, ficou inundada no lugar da Barroca, na Avenida do Douro, e por isso foi necessário realojá-la numa residencial daquela cidade. Ainda nesta zona, mais três habitações ficaram com o piso térreo submerso, tendo sido necessário remover os bens para os pisos superiores.
Durante a madrugada de hoje, o caudal do Douro subiu cerca de 10 metros, comparativamente com o nível normal das águas do rio, e galgou a principal avenida comercial da Régua, a João Franco, que às 09:00 permanecia submersa com mais de um metro de altura de água.
Cerca de vinte estabelecimentos comerciais desta zona, entre bares, restaurantes, bancos, gelatarias, pastelarias ou garagens, foram inundados. Segundo Carlos Silva, o caudal do rio estabilizou cerca das 05:00 e, por isso, prevê que a situação "possa regredir durante o dia de hoje".
A última vez que as águas do Douro galgaram a João Franco foi em Janeiro de 2003. A maior cheia de sempre registou-se em 1962, quando as águas do Douro atingiram os dois metros na Rua da Ferreirinha, paralela à João Franco, mas num nível superior.
Também a zona marginal do Pinhão, concelho de Alijó, e o cais fluvial da Rede, em Mesão Frio, foram inundados pelo Douro.
O plano especial para cheias na Bacia do Douro foi activado na sexta-feira, devido à chuva intensa que caiu durante todo o dia na região Norte e em Espanha. Por isso mesmo foi criada uma célula de crise no Peso da Régua, que a está concentrada no quartel dos bombeiros e é constituída pelo Governador Civil, presidente e vereador da Câmara da Régua, bombeiros, GNR e comandante operaciona l distrital de Vila Real. De prevenção estão entidades como a Estradas de Portugal, a Segurança Social ou a Escola Secundária João Araújo Correia, que poderá acolher pessoas desalojadas devido ao mau tempo.
Em articulação com a célula de crise estão ainda a CPPE - Centro de Produção do Douro da EDP, Instituto da Água e Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos.
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Fonte:
Agência LUSA

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