De acordo com as previsões do
Instituto de Física da Academia de Ciências da Rússia, o fenómeno de
aquecimento global está a chegar ao fim, o que resultará na queda de temperatura
em todo o planeta ao longo dos próximos anos. “O processo de arrefecimento global
já começou”, disseram à agência ITAR-TASS os cientistas que trabalham na
Estação de Pesquisa da cidade de Dolgoprúdni, nos arredores de Moscovo, citando
os resultados dos estudos realizados juntamente com seus colegas do
Observatório Aerológico do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos.
Depois de um pico em 2005, a temperatura média
da Terra diminuiu em 0,3 graus e voltou ao nível dos anos 1996 e 1997. Os
cientistas acreditam que, até o início de 2015, a temperatura cairá
mais 1,5 décimos de grau, o que corresponde ao clima do início dos anos 80. Em
2020, os habitantes do Hemisfério Norte irão lembrar-se dos invernos rigorosos
de 1978 e 1979 e, no início de 2040, o nosso planeta começará a “congelar”,
apresentando valores de temperatura abaixo dos médios registados no período
entre 1880 e 2006. As pesquisas realizadas mostram que a causa dessas alterações
climáticas tem origem espacial e não decorre das actividades da civilização
humana.
Poeira espacial – Segundo cientistas,
entre 400 e 1000 toneladas de poeira espacial atingem diariamente a atmosfera
terrestre, provocando a condensação de vapor de água. Assim, quanto mais poeira
espacial cai na Terra, maior é a camada de nuvens que cobre o planeta e reflecte
a luz do sol no espaço. Como resultado, o clima torna-se mais frio.
Verificou-se ainda que os
períodos de aquecimento e arrefecimento global coincidem com os períodos nos
quais o planeta fica envolto em nuvens especialmente densas de sujeira interplanetária.
“A principal fonte de pó espacial são cometas”, diz Iúri Stojkov, do Instituto
de Física. “Ao se aproximar do Sol, os cometas libertam o seu ‘manto’ de pó e
gás congelados, que entra na atmosfera terrestre e cai sobre a Terra”, explica.
Segundo o cientista, a quantidade
de pó espacial precipitada depende das posições dos planetas. “A mudança na
concentração de poeira cósmica e do clima da Terra deve, portanto, obedecer a
periodicidades semelhantes às registadas nas posições dos demais planetas”,
disse Stojkov. Para verificar as suas hipóteses, os cientistas confrontaram as
periodicidades na posição de planetas pares e as periodicidades temporais da
mudança do clima global da Terra e descobriram a relação entre os valores de
temperatura e o tráfego de poeira cósmica. Com base nos resultados obtidos, os
cientistas puderam elaborar uma previsão de mudanças climáticas nos próximos 50
anos.
Oscilações perenes – Esse não é o
primeiro trabalho a descobrir a periodicidade de mudanças do clima global e a
desmentir as previsões do aquecimento global, dizem os especialistas do
Instituto de Física. Os resultados obtidos pelos cientistas russos foram
inclusive confirmados pela análise das amostras de gelo extraídas de um poço
perfurado na camada de gelo sobre o Lago Vostok, na Antárctida.
A análise da amostra permitiu
conhecer as mudanças de temperatura ao longo de 420 mil anos. Nesse espaço de
tempo, a Terra sofreu pelo menos quatro grandes oscilações de temperatura com
uma amplitude de 8 graus. Ainda, os meteorologistas defendem que mesmo um grau
de diferença já pode ser considerado demais quando se fala em clima global.
Aleksandr Tsiganov
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Fonte (Texto e imagem): GazetaRUSSA
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