sábado, 9 de junho de 2012

3910. Australásia passa pelos 60 anos mais quentes do último milénio

Segundo diversos centros de investigação australianos, as temperaturas médias do continente subiram 0,75ºC desde 1910, e esse valor pode aumentar entre 1ºC e 5ºC até 2070, principalmente por causa das alterações climáticas causadas pelo homem.
Um novo estudo realizado por diversas universidades australianas revelou que a região da Australásia está a passar pelos 60 anos mais quentes do último milénio. A investigação, publicada no periódico Journal of Climate, analisou dados de 27 indicadores climáticos, como anéis de árvores, recifes de corais e fragmentos de glaciares e concluiu que há 95% de hipóteses de os últimos 60 anos estarem a ser os mais quentes deste milénio no território que engloba Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné e algumas ilhas menores da parte oriental da Indonésia.
Um dos pontos que os cientistas enfatizaram é que esse aquecimento muito provavelmente não foi causado apenas por fenómenos naturais, já que até 1850, antes da Era Industrial, as variações de temperatura eram muito menores do que as que estão a ocorrer actualmente. “Os modelos mostraram que antes de 1850 não houve nenhuma tendência a longo prazo e as variações de temperatura provavelmente eram causadas pela variabilidade climática natural, que é um processo aleatório”, comentou Steven Phipps, do Centro de Investigação das Alterações Climáticas da Universidade de Nova Gales do Sul.
“Mas [o modelo mostrou que] o aquecimento do século XX excede significativamente a amplitude da variabilidade climática natural e demonstra que a experiência do recente aquecimento na Austrália não tem precedentes dentro do contexto do último milénio, [...] sugerindo uma influência na região australiana das alterações climáticas causadas pelo homem”, observaram os investigadores. Segundo diversos centros de investigação australianos, as temperaturas médias do continente subiram 0,75ºC desde 1910, e esse valor pode aumentar entre 1ºC e 5ºC até 2070, principalmente por causa do aumento das emissões antropogénicas.
Caso isso ocorra, os extremos climáticos devem tornar-se mais frequentes na Austrália, o que pode aumentar o número de secas, enchentes e chuvas mais intensas.
Artigo de Jéssica Lipinski
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Fonte: Esquerda Net

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