terça-feira, 31 de outubro de 2006

574. Portugal: o calor matou 1.400 pessoas nos meses de Julho e Agosto deste ano

O calor matou 1400 pessoas nos meses de Julho e Agosto deste ano. Os dados foram ontem avançados no Telejornal, da RTP 1, citando o Instituto Ricardo Jorge.
Recordando que foi um dos Verões mais quente dos últimos cem anos, o Instituto apontou os idosos como os mais vulneráveis.
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Fonte: Jornal CORREIO DA MANHÃ (15-10-2006)

573. MADEIRA: Instabilidade com precipitação e vento forte

3ª Feira, 31 de Outubro de 2006 - Céu muito nublado. Vento moderado de sueste, rodando para sul durante a tarde e soprando forte nas zonas mais elevadas.
Períodos de chuva ou aguaceiros que podem ser fortes durante a tarde. Condições favoráveis à ocorrência de trovoada.
4ª Feira, 1 de Novembro de 2006 - Céu muito nublado. Vento moderado a forte de sul, rodando parasudoeste. Nas zonas montanhosas, o vento será forte a muito forte de sul, com rajadas até 100 km/h.
Aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada.
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572. Temperaturas batem recorde dos últimos 60 anos no Porto

As temperaturas da madrugada de hoje (Segunda-feira, 30 de Outubro) na cidade do Porto atingiram um valor recorde dos últimos 60 anos, revelou fonte do Instituto de Meteorologia.
De acordo com estudos comparativos realizados hoje pelo Instituto de Meteorologia (IM), nos dois últimos dias registaram-se temperaturas «bastante elevadas» para a época do ano, principalmente no norte. Fonte do Departamento de Climatologia do IM disse à Lusa que «no norte, as temperaturas subiram mais de nove graus em relação aos valores médios, tanto de mínimas como de máximas».
Durante a madrugada de hoje, o Porto bateu o recorde da temperatura mínima desde 1941, ao atingir 19,1 graus: mais 9,5 graus que a temperatura mínima normal para a época.
No centro do país, as temperaturas também subiram nos últimos dias, com os valores médios a atingirem «mais cinco ou seis graus». Em Lisboa, a temperatura mínima mais elevada deste mês foi também registada na noite de domingo para hoje, com 19,8 graus, 6,5 graus acima do normal. Quanto à máxima, deu-se no sábado com 26,5 graus, 5,6 graus acima da média.
O sul foi a zona onde menos se notou os efeitos da «corrente quente do norte de Africa» responsável pelo aumento de temperatura, com as temperaturas mínimas e máximas a subirem cerca de 3,5 graus. Fonte do Departamento de Climatologia sublinhou que ainda não se pode falar numa onda de calor, uma vez que esta classificação corresponde a seis dias consecutivos com temperaturas acima da média e ainda só se verificaram dois dias de temperaturas altas.
O IM prevê para hoje uma descida da temperatura máxima.
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Fonte:
Diário Digital

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

571. Noções de Meteorologia – Frentes, anticiclones e centros de baixas pressões (VI)


Massas de ar tropical
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Os mananciais destas massas de ar são células oceânicas e continentais de altas pressões das latitudes tropicais.. O ar seco procede de extensas áreas desérticas que criam uma subsidência anticiclónica seca, estável e quente. No Verão, o intenso calor que se liberta do solo causa redemoinhos e tempestades de areia (Sahara, Austrália).As massas de ar tropicais marítimas são muito húmidas, proporcionando a formação de neblinas ou nevoeiros de advecção, associados a nuvens estratiformes de pouca altitude e precipitações débeis.

domingo, 29 de outubro de 2006

570. Lagos do Alasca vítimas do aquecimento global

Uma investigação, baseada em imagens aéreas e de satélite recolhidas ao longo de 50 anos, mostra que os lagos glaciais da América do Norte são as mais recentes vítimas do aquecimento global.
De 1950 a 2002, mais de 10 mil desses corpos de água diminuíram de tamanho ou secaram completamente em nove regiões do Alasca. Segundo uma equipa de três investigadores da Universidade do Alasca, a área dos lagos em cada uma das regiões diminuiu entre 31% e 40% durante 1950 e 2002, acompanhando o aumento da temperatura na região.
Como avança o portal da Confagri, a perda de água ocorreu sobretudo nas regiões baixas e interiores do Estado do Alasca, que também tiveram Verões mais longos no período em análise, um maior derretimento do permafrost (solo congelado) e uma maior evaporação.
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Fonte:
Fábrica de Conteúdos

569. Domingo, 29 de Outubro

Algumas temperaturas às 15 horas
(HORA DE INVERNO):
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Aveiro (Universidade) – 30,9 ºC
Anadia – 30,1 ºC
Lousã (Aeródromo) – 29,8 ºC
Figueira da Foz (Vila Verde) – 29,7 ºC
Porto – 29,6 ºC
Amareleja – 29,1 ºC
Arouca – 29,0 ºC
Coimbra (Aeródromo) – 29,0 ºC
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Fonte:
Instituto de Meteorologia

sábado, 28 de outubro de 2006

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

567. Ozônio em extinção


23/10/2006 Agência FAPESP - O buraco na camada de ozônio sobre a Antártica acaba de bater dois recordes, um em tamanho e outro em profundidade. O anúncio foi feito por cientistas das agências espacial (Nasa) e oceânica e atmosférica (Noaa), do governo norte-americano.

“De 21 a 30 de setembro, a área média do buraco de ozônio foi a maior até hoje observada, com 27,4 milhões de quilômetros quadrados”, disse Paul Newman, do Centro de Vôo Espacial Goddard, da Nasa, em comunicado da instituição. A medição foi feita a partir de dados colhidos pelo satélite Aura, da Nasa, que monitora o total de ozônio sobre o continente antártico da superfície até a atmosfera superior.

Paralelamente, pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Terrestres, da Noaa, usaram balões para medir o ozônio diretamente sobre o pólo Sul. No dia 9 de outubro, a coluna total de ozônio despencou de 300 DU para 93 DU – as unidades dobson (DU) medem o conteúdo total de ozônio integrado numa coluna atmosférica. Outro dado importante registrado pelos instrumentos nos balões foi que quase todo o ozônio na faixa entre 12,8 e 21 quilômetros de altitude estava destruído – foi verificado um recorde negativo de apenas 1,2 DU.

“Esses números indicam que o ozônio simplesmente sumiu dessa camada da atmosfera”, disse David Hofmann, diretor da Divisão de Monitoramento Global da Noaa. “A faixa danificada tem apresentado este ano uma extensão incomum, o que nos leva a estimar que o buraco de ozônio em 2006 será o maior já registrado.”

Segundo a Nasa, instrumentos a bordo do satélite Aura mediram níveis extremamente altos de clorofluorcarbonos (CFC) na atmosfera baixa, a cerca de 20 quilômetros de altitude. Os elevados níveis de CFC foram observados sobre toda a Antártica na última quinzena de setembro, acompanhados de valores muito baixos de ozônio.
Diferenças de temperatura na estratosfera sobre o continente antártico provocam variações no buraco do ozônio. Temperaturas mais frias do que a média resultam em maiores tamanho e profundidade no buraco. Segundo a Noaa, no fim de setembro as temperaturas registradas nas camadas inferiores da estratosfera sobre a Antártica foram em média 12,7ºC menores do que no mesmo período em anos anteriores, o que resultou em aumento de aproximadamente 3,5 milhões de quilômetros no buraco de ozônio.

Como resultado de medidas para redução da emissão de gases que causam efeito estufa a partir do Protocolo de Montreal, assinado por 46 países em 1987, as concentrações de substâncias responsáveis pela destruição da camada de ozônio têm diminuído na atmosfera. Segundo a Nasa, após o pico em 1995, os valores têm diminuído desde então, tanto na troposfera (camada que se estende da superfície da Terra até a estratosfera) quanto na estratosfera (segunda camada da atmosfera). O problema é que os compostos químicos que destroem o ozônio podem permanecer na atmosfera por mais de 40 anos.

Em conseqüência, os cientistas apontam uma redução muito lenta no buraco na camada de ozônio, de cerca de 0,1% a 0,2% anualmente nos próximos cinco a dez anos. Essas diminuições podem sofrer variações dependendo de flutuações nas condições climáticas na Antártica, como a ocorrida agora.
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Fonte:
Agência FAPESP

566. Região Oeste: cheias e inundações (Outubro de 2006)

Alguns dados a reter: Uma leitura atenta das várias postagens efectuadas neste blog deste o passado dia 10 de Outubro fazia prever a situação das cheias e inundações que ocorreram nos últimos dias. Destaca-se a postagem do dia 19 de Outubro em que o Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo (ECMWF) previu a ocorrência desta situação meteorológica com a antecedência de DEZ DIAS.
Conclusão: Ninguém pode invocar desconhecimento de que estavam reunidas as condições para a ocorrência de cheias e inundações que se registaram no Continente.

565. Bombeiros apontam vulnerabilidades

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) considerou que o Sistema de Protecção Civil tem "indisfarçáveis vulnerabilidades", evidenciadas na vaga de mau tempo que durante os últimos dois dias se verificou em Portugal. Para a LBP, "as consequências da intempérie que assolou o território do continente vieram pôr em evidência que o Sistema de Protecção Civil, entendido como sistema integrado alicerçado no binómio Prevenção-Resposta, possui indisfar çáveis vulnerabilidades".
Numa nota entregue hoje durante uma conferência de imprensa, a LBP aponta as principais "lacunas" evidenciadas durante os últimos dois dias: "aviso e alerta atempado às populações","articulação entre entidades", "défice de planeamento de risco a nível municipal" e "falta de medidas preventivas no domínio da previsibilidade de ocorrências, decorrentes do risco de cheia e do deslizamento de terras".
"Com excepção dos incêndios florestais, todos os demais riscos carecem de um forte investimento a nível da prevenção, alerta e do planeamento da resposta", considera a LBP. Para a LBP, "os decisores políticos, governantes e parlamentares, têm abordado até à exaustão os incêndios florestais, fazendo crer aos cidadãos que este é o fundamental risco que o país possui".
Deste modo, os bombeiros portugueses pretendem evidenciar que "afinal há mais riscos para além do risco florestal", o que demonstra que "o sistema de Protecção Civil em Portugal necessita de muito investimento e muita acção política, no domínio do planeamento do risco e da resposta correspondente".
O presidente do Conselho Executivo da LBP, Duarte Caldeira, considerou que, "apesar de nos últimos dias terem havido bons exemplos de aviso e alerta às populações, os mecanismos não estão rotinados", considerando que "há um longo caminho a percorrer ao nível da prevenção e do sistema de alerta".
A Lusa contactou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, mas até ao momento não foi possível obter qualquer reacção.
Agência LUSA 2006-10-26

564. Portugal Continental: Precipitação desde dia 15 de Outubro

Precipitação acumulada desde dia 15 até dia 25
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Vila Real – 148 mm
Porto – 198 mm
Viseu – 225 mm
Coimbra – 184 mm
Castelo Branco – 191 mm
Portalegre – 205 mm
Lisboa – 189 mm
Évora – 160 mmBeja – 145 mm
Sagres – 101 mm
Faro – 75 mm
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quinta-feira, 26 de outubro de 2006

563. Quinta-feira: Instabilidade com aguaceiros e trovoadas no Centro e Sul



Imagem de Satélite
26 de Outubro de 2006, 17h00

Como estava previsto, formou-se a Oeste da Península Ibérica uma depressão que se encontra em deslocamento para Sueste (às 17h00 encontrava-se próximo da região de Lisboa); esta depressão que se manifesta à superfície é consequência de um núcleo de ar frio na troposfera que se isolou da circulação geral da atmosfera.O movimento desta depressão continuará a ser para Sul ou Sueste, pelo que afectará directamente as regiões do Centro e do Sul de Portugal Continental, durante as próximas horas, com a ocorrência de aguaceiros, mais ou menos moderados e acompanhados, por vezes, por trovoadas.
Espera-se uma diminuição das condições de instabilidade ao longo da próxima noite, inicialmente no Norte e depois progressivamente para Sul.

562. Quarta-feira, 25 de Outubro (Recortes da imprensa - III)

Temporal de destruição
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Um autocarro foi arrastado ontem pelas águas do Rio Arunca, com 52 alunos de duas escolas de Soure. As crianças ficaram retidas no meio da estrada entre as povoações de Simões e Netos. Foi um dos momentos mais dramáticos causados pelo mau tempo que assolou, sobretudo, a região Centro e provocou dois mortos e um ferido grave.
Os alunos do 5.º ao 12.º ano da Escola Secundária Martinho Árias e Escola E.B. 2,3 de Soure ficaram em estado de choque. “Podia ter acontecido aqui uma tragédia igual à de Entre-os-Rios”, diz uma mãe de um casal de gémeos de 11 anos, que soube do drama pelo filho, que lhe telefonou eram 08h03. As crianças foram retiradas mais tarde – às 10h30 ainda decorriam as operações – pelo vidro traseiro do autocarro, com a ajuda dos bombeiros de Soure, populares e pais.
Com a ajuda de uma corda formaram um cordão humano para trazer os alunos para a margem. O motorista do autocarro foi retirado de helicóptero. Um aluno, de 15 anos, lembra: “Os mais novos entraram em pânico e começaram a gritar.” Segundo o mesmo estudante da Escola Martinho Árias, “o motorista não deu ouvidos aos nossos pedidos para não seguir e disse que ia arriscar”.
A água chegou até meio do autocarro – junto às letras – e ficou preso numa oliveira, o que impediu que continuasse a ser arrastado e uma tragédia.“Tive medo que o autocarro explodisse, porque começou a deitar fumo e fiquei muito assustado”, referiu outro rapaz, de onze anos, logo interrompido por uma rapariga de 12 anos: “Com este motorista não ando mais. Pensei que íamos morrer afogados.”
Os pais estão revoltados com a falta de cuidado do motorista da Câmara Municipal de Soure. “Podia ter acontecido uma grande tragédia e de quem era a culpa? Os meus filhos não voltam a andar com ele, nem que tenha de ir levá-los a Soure”, afirma a mãe de uma aluna de 12 anos.
CIDADE CAÓTICA - Em Pombal, as cheias causaram a morte de uma mulher de 86 anos e deixaram um rasto de destruição – o centro da cidade ficou dois metros debaixo de água, 40 famílias foram retiradas para local seguro, o ‘shopping’ esteve em risco de ruir, as escolas e o centro de saúde fecharam e a ETAR do concelho não funciona. “Os prejuízos são incalculáveis”, reconheceu o presidente da Câmara Municipal, Narciso Mota.
Quando o temporal de chuva e vento atingiu o concelho, à 01h00, uma senhora encontrava-se sozinha na sua habitação, um rés-do-chão na Rua da Cancela do Cais. Segundo contou o filho, a água subiu até ao tecto, matando a mulher, de 86 anos. “Ou morreu afogada ou do susto”, disse. Sete vizinhos foram resgatados de barco, mas os bombeiros desconheciam que a idosa estava em casa e descobriram-na já sem vida.
FÁTIMA - Uma senhora, de 51 anos, ficou gravemente ferida numa explosão quando tentava abrir o portão da garagem inundada, onde estava acumulado vapor de gasolina. A tromba-d’água originou enxurradas e fez transbordar ribeiras e o Rio Arunca. Só a partir das 05h00 o nível começou a descer.
Há pontes em risco, passeios arrancados, muros destruídos e buracos nas estradas devido a aluimentos de terras. Houve viaturas submersas e dezenas de inundações em habitações, lojas e também na biblioteca e arquivo municipal, no edifício da autarquia, no cine-teatro, no pavilhão de actividades económicas e toda a zona desportiva. “Já tínhamos visto em filmes, mas nunca pensámos que acontecesse aqui”, disse o comandante dos Bombeiros Voluntários.
“As ruas pareciam rios e os carros eram arrastados com facilidade.” As garagens do quartel ficaram inundadas, obrigando a pedir meios a outras corporações. O hospital esteve inacessível por duas horas e o centro de saúde fechou até ao fim da semana. Numa casa, a pressão fez explodir uma conduta de águas pluviais, o que destruiu o jardim e vedações e inundou as garagens. Um senhor, de 78 anos, viu a sua tanoaria com água até dois metros. “Há para aí danos que Deus me livre”, queixou-se.
QUEDA FATAL - Na Sertã, uma mulher de 63 anos morreu depois de cair de um pontão para a Ribeira da Cerdeira, em Milheiros. O acidente aconteceu às 18h10, numa altura em que chovia e fazia vento. Segundo os bombeiros, a senhora, residente em Castelo, estava com outra mulher no pontão quando escorregou e caiu na ribeira, que devido à chuva que caiu de madrugada tinha um grande caudal de água.
“Quando chegámos ao local, a mulher estava inanimada e com fracos sinais de vida. Procedemos a operações de reanimação e depois levámo-la para o Centro de Saúde da Sertã, onde já chegou sem vida”, contou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Cernache de Bonjardim.
FÁTIMA - A uma explosão devido à acumulação de gases inflamáveis, na garagem de uma moradia inundada pelas águas da chuva, quase causou outra tragédia. Uma mulher, de 51 anos, ficou ferida com gravidade. Os danos na casa são avultados. A senhora sofreu diversas queimaduras, foi internada na Unidade de Queimados dos Hospitais da Universidade de Coimbra e não corre perigo de vida. Segundo o marido da vítima, o rebentamento deu-se pelas 04h00, quando os bombeiros procediam ao escoamento das águas. “Ela foi abrir o portão da garagem, com uma vela, quando se ouviu um estrondo”. Como lá estavam dois carros estacionados, suspeita-se que houve acumulação de gases, provocada pelo derrame de gasolina.
LEIRIA - Os moradores da Ponte das Mestras – o local mais atingido – não assistiam a uma inundação desta dimensão há quase duas décadas. As águas subiram mais de dois metros, extravasaram as margens do Rio Lena e inundaram empresas e habitações. Quatro dezenas de pessoas ficaram retidas e tiveram de ser retiradas de bote pelos bombeiros.
EMERGÊNCIA ACTIVADA NA BACIA DO TEJO:
TOMAR - Vinte famílias foram retiradas do Bairro do Flecheiro, em Tomar, devido à subida do Rio Nabão. Ficariam num ginásio escolar ou em instalações da autarquia, se fosse necessário.
PONTE - O pico do nível do Rio Nabão foi atingido pouco depois das 16h00, obrigando ao corte de uma ponte e ao fecho de uma rua em Tomar, onde a água atingiu os 60 centímetros.
BARRAGENS - As barragens do Fratel e de Castelo de Bode estão mais cheias e a barragem da Pracana atingiu ontem o limite máximo, mas o Tejo tem aguentado os caudais adicionais.
SANTARÉM - O plano distrital de cheias de Santarém foi activado ontem no nível azul, o mais baixo, estando os bombeiros de prevenção. A ponte do Alviela na EN365 estava submersa.
DIA DE CAOS EM LISBOA E ARREDORES - O Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa não teve mãos a medir durante a noite e o dia de ontem. Em dez horas, o RSB recebeu 180 pedidos por inundações, quedas de árvores, infiltrações e desabamentos e teve de empenhar todas as viaturas (25) para conseguir responder a tantas ocorrências.
Alguns dos alertas foram feitos do Alto do Lumiar, onde as caves dos prédios foram inundadas pela chuva. Os donos do café Tobísio, na Rua Eduardo Covas, foram chamados pelos vizinhos por causa da inundação. “Parecia o fim do mundo. Tinha a cave do café toda equipada, pronta a estrear como restaurante. Ficou tudo destruído”, disse ao CM uma das proprietárias. O problema, acusa, “é o sistema de escoamento dos esgotos, vem tudo parar aqui”. A água atingiu os três metros e deu, pelos menos, 53 mil euros de prejuízo aos donos.
Também o Centro Distrital de Operações de Socorro de Lisboa recebeu, entre a meia-noite de ontem e as 09h00, 176 pedidos por causa do mau tempo. Em Odivelas, a chuva causou inundações em vários pontos do concelho. “Há água por tudo o que é sítio”, descreveu o comandante dos Bombeiros locais.
No concelho de Loures, na Escola Secundária de Camarate, 700 alunos foram obrigados a regressar a casa devido a uma inundação que encheu a escola de lama. A presidente do Conselho Directivo disse que a inundação causou prejuízos não contabilizados em dois laboratórios da escola e que o chão terá de ser substituído. A inundação, que também deixou os alunos sem almoço, ocorreu devido às fortes chuvadas da noite passada que arrastaram terras das obras do Eixo Norte/Sul em curso nas traseiras do estabelecimento de ensino, frequentado por muitos alunos carenciados – que só têm uma refeição na escola.
SETÚBAL - Em Setúbal, durante a madrugada, o Centro de Operações Distrital de Setúbal, registou 96 inundações e 25 quedas de árvores. O coordenador da Protecção Civil Municipal, José Luís Bucho, caracterizou o temporal como “extraordinário, pela quantidade de água que caiu: 48,2 litros por metro quadrado, e porque a chuva intensa coincidiu com a maré a encher”.
BRAGANÇA - Em Vila Flor houve muros caídos, viaturas soterradas e inundações. A água atingiu 1,20 m, como o comprova a marca no restaurante Don Castro. ÀGUEDA - O Rio Águeda transbordou e inundou várias ruas da Baixa da cidade. As estradas para Recardães, Sardão, Oronhe e Perrães estiveram intransitáveis durante grande parte do dia.
FUNDÃO - A chuva forte derrubou o muro do cemitério de Castelejo, no Fundão, tendo destruído vários jazigos e deixado a descoberto cinco urnas.
COIMBRA - As zonas mais afectadas foram a ‘Baixinha’, Fornos e Ribeira de Frades. Registaram-se inundações em casas e lojas e desabamentos de terras.
PORTIMÃO - Uma casa ruiu parcialmente na Praia da Rocha, deixando um idoso desalojado que foi realojado numa pensão pela câmara.
VILAMOURA - O temporal deitou por terra um pré-fabricado do Clube de Râguebi de Vilamoura. Houve ainda várias casas destelhadas.
LISBOA - Na Rua Tomás Ribeiro, em Lisboa, as varandas de um prédio devoluto ruíram. No local estiveram os bombeiros e uma equipa cinotécnica da PSP, por suspeita de haver pessoas sob os destroços das varandas. No entanto, não se registaram feridos.
GUIA, ALBUFEIRA - O temporal danificou o Giga-Garden. A estufa gigante, que custou 1,2 milhões de euros, foi concebida “para suportar ventos muito fortes, mas mesmo assim não resistiu”, afirma o dono, Antonius Verhoeven. Os prejuízos atingem “100 mil euros”.
RIO LIS - O centro de lançamentos da zona desportiva de Leiria ficou submerso pela subida repentina das águas do Lis. Parte da ciclovia ribeirinha, construída pelo Programa Polis, também foi atectada pelas cheias. O trânsito esteve caótico nas principais entradas da cidade.
COIMBRA - O IC2 esteve cortado ao trânsito toda a manhã, em Coimbra, devido à inundação do nó dos Fornos, em Torre de Vilela. O corte originou uma fila que se prolongou por cinco quilómetros.
LINHA FERROVIÁRIA DO NORTE - A linha ferroviária do Norte esteve ontem cortada durante cinco horas na zona entre Souselas e Coimbra B, devido ao mau tempo.
COIMBRA: CHUVA BATE RECORDE - Na madrugada de ontem, entre a 01h00 e as 03h00, choveram em Coimbra 105 litros de água por metro quadrado. Estes índices quebraram um recorde histórico.
MONTE REAL - Uma ruptura num canal do sistema de escoamento de águas, próximo de Monte Real, Leiria, ameaçou algumas habitações. O rombo foi reparado ao fim da tarde.
GUARDA - Quatro das cinco salas do bloco operatório do Hospital Sousa Martins, na Guarda, foram ontem encerradas devido a infiltrações de água. Foram canceladas várias cirurgias. Duas famílias de Vila Soeiro e Famalicão abandonaram as suas casas porque ficaram inundadas. A chuva destruiu as praias fluviais de Valhelhas e Aldeia Viçosa.
DESALOJADOS EVACUADOS - Uma família de S. Martinho do Bispo, Coimbra, teve de ser realojada. Em Porto de Mós, cinco pessoas tiveram de ser evacuadas durante a madrugada.
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Fonte:
Correio da Manhã

561. Quinta-feira, 26 de Outubro: Atenção às próximas horas ...



Atenção às próximas horas, pois uma nova linha de instabilidade vai atravessar o território de Portugal Continental (do litoral para o interior) a partir do final da madrugada e início da manhã de Quinta-feira, provocando vento moderado com rajadas do quadrante Sul e precipitação que poderá ser intensa em alguns locais.
A partir da tarde haverá uma diminuição das condições de instabilidade do estado do tempo, com passagem a regime de aguaceiros.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

560. Quarta-feira, 25 de Outubro (Recortes da imprensa - II)

MAU TEMPO PROVOCOU ESTRAGOS EM TODO O PAÍS
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O mau tempo provocou hoje a morte de uma pessoa, cerca de 700 inundações, 335 quedas de árvores, dezenas de deslizamentos de terras e desabamentos, além de vias cortadas um pouco por todo o país. Os distritos de Lisboa, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Coimbra e Guarda são os mais afectados.
Um autocarro com cerca de 50 crianças foi arrastado esta manhã pelas águas de um rio no concelho de Soure, sem causar vítimas, indicou o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra. As crianças foram todas retiradas e encontram-se bem, segundo os Bombeiros Voluntários.
O vendaval que assolou de madrugada a zona de Coimbra causou dezenas de inundações, mas sem notícia de vítimas. De acordo com os bombeiros, vive-se uma situação de "verdadeiro caos". O trânsito no IC2, a Norte de Coimbra, permanece interrompido no sentido Sul-Norte, após ter sido cortado de madrugada.
Vários concelhos do distrito de Leiria registaram inundações, sendo a cidade de Pombal a mais fustigada. A tromba de água que caiu na zona de Pombal provocou a inundação do centro da cidade, tendo ficado submersa a zona do Jardim Municipal, afirmou fonte da PSP local. A Câmara de Pombal accionou o Plano Municipal de Emergência para fazer face à situação causada pelo mau tempo no concelho, onde uma mulher com cerca de 80 anos que sofria de problemas cardíacos morreu de madrugada ao ver a sua casa inundada, na cidade.
Segundo o presidente da autarquia, Narciso Mota, "os prejuízos são incalculáveis". O acesso rodoviário ao centro da cidade de Pombal vai estar fechado nas próximas horas para permitir as operações de limpeza das vias.
Dezenas de inundações verificaram-se de madrugada nos distritos de Leiria e Santarém, especialmente nos concelhos de Ourém, Leiria, Pombal e Porto de Mós, de acordo com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil. O plano distrital de cheias de Santarém foi activado esta manhã, após uma das barragens do Rio Tejo ter atingido a capacidade máxima.
O tempo no centro do país melhorou ao final da madrugada, com diminuição da precipitação, mantendo-se dezenas de inundações em vários distritos. A par da diminuição das chuvas fortes e persistentes que se abaterem sobre aquela zona, também a acção dos bombeiros, cujos meios foram totalmente mobilizados, permitiu uma melhoria da situação. Cinco pessoas tiveram de ser retiradas de madrugada no concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria, devido a inundações nas suas residências.
Os concelhos de Coimbra, Condeixa, Souselas e Montemor, distrito de Coimbra, também registaram muitas inundações, especialmente de carácter urbano, embora em menor grau.
Tomar deverá sofrer uma inundação devido à forte precipitação e a zona ribeirinha de Águeda foi a primeira no país a ficar inundada, segundo o Instituto da Água. A escola básica do 1º Ciclo de Porto da Lage, Tomar, foi evacuada ao final da manhã, devido à subida do nível das águas da Ribeira da Bezelga, afluente do Rio Nabão.
O mau tempo provocou durante a madrugada inundações em Aveiro, Albergaria-a-Velha, Anadia e Mealhada.
A subida do caudal do Rio Mondego inundou hoje de manhã várias habitações da zona do Vale do Mondego, próximo da Guarda. Duas estradas estavam cortadas na Serra da Estrela às 09:00, devido ao desabamento de terras.
Os Sapadores Bombeiros de Lisboa registaram, entre as 20:00 de terça-feira e as 11:00 de hoje, 230 pedidos de auxílio, a maioria relacionados com algerozes entupidos, inundações e quedas de árvores, mas cerca das 12:30 a situação estava normalizada. Com maior intensidade até às 01:40, os pedidos de ajuda diminuíram nas duas horas seguintes e cerca das 04:00 eram já praticamente nulos. Os locais mais problemáticos foram a Calçada de Carriche, à entrada de Lisboa, e a zona do Estádio da Tapadinha, em Alcântara, bem como a Rua Vítor Cunha Rego e Rua Eduardo Covas, no Lumiar. Todas as viaturas dos Sapadores de Lisboa (25) saíram para a rua para acorrer a situações de inundações e quedas de árvores.
Fonte da corporação disse à Lusa que se registaram inundações em habitações e na via pública, mas sem danos materiais. O trânsito na Calçada de Carriche, sentido Odivelas-Lisboa, foi reaberto às 02:15, depois de ter estado encerrado desde as 23:45, devido às chuvas, informou a Divisão de Trânsito da PSP. O mau tempo que fustigou a área da Grande Lisboa durante a noite causou inundações em vários pontos do concelho de Odivelas, disse o comandante dos Bombeiros Voluntários locais. O mau tempo que se fez sentir durante a madrugada um pouco por todo o país provocou cortes de energia eléctrica em várias zonas de Lisboa, que entretanto já foram resolvidos.
A queda de mais de uma centena de árvores ocupou durante toda a noite os bombeiros dos distritos a Sul do Tejo, onde o vento soprou com intensidade, segundo os centros distritais operacionais de socorro. A chuva e vento forte que fustigaram de madrugada a região do Alentejo causaram a queda de dezenas de árvores e inundações em habitações e vias públicas, disse à Lusa fonte dos bombeiros.
A circulação ferroviária na Linha do Algarve, entre Tunes e Faro, foi restabelecida às 09:00, após a resolução da queda de uma catenária, enquanto a Linha do Norte, entre Souselas e Coimbra B, foi normalizada às 12:30, depois de ter sido cortada devido a acumulação de água.
Um aluimento de terras na Estrada Nacional 220, em Moncorvo, e inundações em garagens foram as principais consequências do mau tempo ao longo da noite nos distritos de Porto, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real.
A quantidade de chuva registada desde o início do mês em Portugal Continental excedeu já, à excepção de Faro, a média mensal para Outubro, segundo o Instituto de Meteorologia.

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Bragança sem 112 em dia de inundações
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Uma avaria telefónica silenciou hoje o 112 em Bragança, deixando a população sem número de emergência numa manhã de inundações devido ao mau tempo, disse à Lusa fonte da Protecção Civil. De acordo com o comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS), Melo Gomes, a avaria atingiu toda a parte alta da cidade onde estão localizadas as forças de segurança e os bombeiros.
A linha do 112 funciona precisamente no comando da PSP, que não tem comunicações telefónicas à semelhança do que sucede com todos os serviços da GNR, incluindo a Brigada de Trânsito e a corporação de Bombeiros. O comandante dos bombeiros, José Fernandes disse à Lusa que a avaria ocorreu por volta das "cinco, seis da manhã".
"Logo hoje, que tem sido um pandemónio", afirmou o comandante, numa alusão às solicitações para várias ocorrências, sobretudo inundações provocadas pela chuva das última horas. O comandante disse que "as pessoas têm-se deslocado ao quartel a pedir a ajuda dos bombeiros ou ligam para os números de telemóveis, quando têm conhecimento deles". O comandante dos bombeiros disse à Lusa cerca das 12:45 que a avaria foi de imediato comunicada à PT, mas que até essa altura ainda prosseguia. "Até ao momento ainda ninguém informou sobre o que se está a passar ou adiantou previsões para a resolução", disse .
Apesar de o 112 ser o número mais conhecido das populações para casos de emergência, o comandante do CDOS acredita que "as pessoas conhecem o 117", um número criado para os incêndios florestais, mas que aquele responsável garantiu estar a ser "bastante solicitado para as ocorrências do mau tempo". Segundo disse, "a situação no Distrito de Bragança é considerada normal para a época", apesar das inundações que ocorreram nas últimas horas e que provocaram abatimentos de terras e alagaram algumas casas.
A situação mais crítica ocorreu no concelho de Vila Flor, onde além de uma casa e lojas comerciais alagas, o desabamento de um muro danificou duas viaturas e há registo de prejuízos em terrenos agrícolas.

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Mau tempo provoca inundações na zona centro do país
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O mau tempo que assola o país provocou até às 11 horas de hoje, 679 inundações, 19 deslizamentos de terras, 34 desabamentos e 335 quedas de árvores. Os distritos mais afectados são Lisboa, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Coimbra e Guarda, segundo a mesma fonte.
Um mar de lama nas ruas e nas lojas, alguns serviços públicos fechados, gente a chorar e muitos empregados do comércio de esfregona na mão constituem o quadro visível ao fim da manhã na cidade de Pombal. A tromba de água que esta madrugada se abateu sobre Pombal deixou marcas que vão demorar algum tempo a ser disfarçadas. Passeios literalmente arrancados, jardins destruídos, estabelecimentos comerciais com muitos prejuízos e muitos carros danificados por terem estado submersos são alguns dos efeitos da forte precipitação registada entre a 01:00 e as 02:00 horas de hoje. No centro da cidade, trabalhadores da Câmara de Pombal, escuteiros e bombeiros, ajudados por muitos populares, tentam remover o lixo e o entulho acumulados, por forma a que ainda hoje seja possível recuperar a normal circulação rodoviária em Pombal, interdita desde meio da manhã.
Uma das situações mais problemáticas ocorreu num centro comercial da cidade, onde a água inundou quatro pisos inferiores e um supermercado, estando os bombeiros a retirar a água, uma intervenção que atraiu dezenas de curiosos, que invadiram as ruas para verem "um espectáculo como não há memória". Visivelmente triste e afirmando que nunca teve tanto medo na vida, Olinda Marques, empregada no centro comercial, disse à Lusa que "deve haver muitos carros na cave do edifício". "Normalmente, estão sempre lá muitos carros estacionados", acrescentou. Apesar dos prejuízos da maioria dos comerciantes, a tromba de água abriu uma "janela de oportunidade" para outros. É o caso de uma loja de artigos de caça e pesca, onde, depois de limpo, o passeio foi transformado em montra de galochas. Jorge, funcionário da loja, diz que "hoje já se venderam algumas". Entretanto, com a aproximação da hora do almoço são cada vez mais os populares que vão passando pelo centro da cidade para verem os efeitos da tempestade, demonstrando todos um sentimento de pesar. Frases como "isto é uma desgraça", "nunca vi nada assim" ou "isto foi Deus que se virou contra nós" são alguns dos desabafos saídos da boca dos pombalenses.
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ALERTA AMARELO TERMINA HOJE ÀS 21h00
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O alerta amarelo de mau tempo vai ser levantado hoje às 21:00, prevendo-se uma melhoria gradual das condições meteorológicas, disse à agência Lusa fonte do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC).

"Segundo indicações do Instituto de Meteorologia, prevê-se uma melhoria do estado do tempo nas próximas horas e, a partir das 21:00 o estado de alerta amarelo termina", afirmou. O alerta, decretado na terça-feira, estava previsto durar até à manhã de hoje, período em que se registaram centenas de inundações e quedas de árvores. Os distritos mais afectados foram Lisboa, Santarém, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Guarda e Setúbal, informou a fonte. Até às 11:00 de hoje, o SNBPC tinha registado em Portugal 679 inundações, 335 quedas de árvores, 34 desabamentos e 19 deslizamentos de terras.

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MURO E ARCADAS DO MIRADOURO DO CASTELO DE OURIQUE RUÍRAM
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O muro e as arcadas do secular miradouro do Castelo de Ourique ruíram hoje devido à chuva intensa e vento forte que fustigaram aquele concelho do distrito de Beja, revelou hoje o município. "Trata-se de um duro golpe para o Castelo de Ourique porque foi destruída de toda a zona envolvente do miradouro, incluindo as arcadas", lamentou hoje o presidente da autarquia, Pedro do Carmo.
Em declarações à agência Lusa, o autarca adiantou ainda que a reparação dos estragos, que aconteceram de madrugada, vai implicar "custos elevadíssimos". A intempérie naquele concelho, acrescentou, causou também o corte temporário do Itinerário Complementar 1 (IC- 1), de ligação ao Algarve, e de duas estradas municipais, devido à queda de árvores e aluimento de terras. "As estradas foram limpas e a circulação dos automóveis foi restabelecida ainda durante a madrugada", referiu a autarquia.
A chuva e o vento fortes fustigaram também o concelho de Ferreira do Alentejo, igualmente no distrito de Beja, onde vários edifícios públicos foram danificados. O presidente da autarquia, Aníbal Costa, explicou à Lusa que o vento "arrancou" o tecto do edifício principal do Estaleiro Municipal e danificou a vedação exterior, os painéis de publicidade e as cabines dos jogadores do Estádio Municipal de Futebol. O mau tempo em Ferreira do Alentejo provocou ainda a queda de dezenas de árvores de grande porte em todo o concelho e no recinto da Piscina Municipal, e a destruição de vários sinais verticais de trânsito e painéis de publicidade.
Na região de Évora caíram entre as 00:00 e as 18:00 de hoje 29 árvores e registaram-se 14 pequenas inundações domésticas, revelou o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) à Lusa. "Verificaram-se ainda quatro acidentes de trânsito, só com feridos ligeiros, e os bombeiros realizaram cinco limpezas de via, que estavam com lamas e terra arrastadas pela chuva e pelo vento", acrescentou a fonte.
Já o CDOS de Portalegre, revelou que, de madrugada, cerca de dez árvores caíram no distrito e que, durante o dia, os bombeiros socorreram três pequenas inundações em habitações.

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DUAS DEZENAS DE FAMÍLIAS RETIRADAS
DE CASA NA CIDADE DE TOMAR
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Duas dezenas de famílias de um bairro degradado de Tomar foram hoje à tarde retiradas de casa devido à subida das águas do rio Nabão, revelou fonte da Protecção Civil. Segundo Carlos Carrão, vereador responsável pela Protecção Civil, o bairro do Flecheiro foi parcialmente evacuada e os serviços da autarquia já retiraram os bens das habitações precárias para as oficinas da Câmara, onde ficarão depositadas até que os níveis da água baixem.
"A situação está controlada", afirmou o vereador, salientando que as famílias serão recolhidas num ginásio escolar ou em instalações da autarquia, caso assim seja necessário.
O pico do nível do rio Nabão foi atingido pouco depois das 16:00, obrigando ao corte de uma ponte e ao fecho de uma rua, onde a água atingiu os 60 centímetros. A partir das 17:00, o nível começou a baixar e as autoridades esperam que a situação fique regularizada nas próximas horas.
Hoje de manhã, a protecção civil distribuiu folhetos junto dos comerciantes, alertando para as cheias na cidade e as lojas foram encerradas e protegidas com tapumes. Nestas cheias, foi visível a grande quantidade dos detritos arrastados pelas águas, até porque o rio Nabão destruiu muita vegetação das margens nos vales a norte da cidade de Tomar. "É um problema frequente", reconheceu Carlos Carrão, apontando a falta de meios financeiros da administração central como uma das razões para a falta de limpeza das matas nas zonas rurais.
No resto do distrito de Santarém, a situação está normal e o afluxo de água do rio Nabão não deverá causar grandes constrangimentos no caudal do rio Tejo, que apresenta "ainda muita capacidade para receber água", disse fonte do Governo Civil de Santarém.

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TOMAR PREPARA-SE PARA AS CHEIAS
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Dezenas de militares e bombeiros distribuíam ao início da tarde sacos com areia e tapumes para fechar as lojas da zona mais baixa de Tomar, prevendo a subida do rio Nabão. "Vamos ter cheias durante a tarde, mais hora menos hora", afirmou António Paiva, presidente da Câmara de Tomar, enquanto assistia, impotente, à força das águas dos dois braços de rio que se dividem e unem junto à ilha do Mouchão. A zona da Levada já foi fechada ao trânsito porque a estrada estava inundada e alguns carros tiveram de ser rebocados pelas autoridades.
Mais a norte, o caudal do Nabão na zona do Agroal, entre Tomar e Ourém, "já atingiu o limite" e a esse volume vai somar-se a água de várias ribeiras que compõem a bacia hidrográfica do rio Nabão, explicou o autarca. "Isto de quatro em quatro anos há uma cheia. Não há nada a fazer", desabafou João Inácio, proprietário de uma pastelaria na zona da Levada, enquanto pedia aos clientes para deixar o estabelecimento. "Renovei a casa há um mês e isto vão ser umas bodas demolhadas", ironizou o comerciante, que vai agora ter de desmontar as máquinas e colocá-las num sítio mais alto para prevenir qualquer problema. "A instalação eléctrica e os esgotos já estão preparados", mas se os "níveis da água subirem eu tenho que vir cá tirar as máquinas, nem que seja com um barco", afirmou João Inácio.
No terreno, os bombeiros, os militares do Regimento de Infantaria 15 e a polícia ajudam os comerciantes a proteger os seus bens, colocando tapumes para impedir a entrada de água. No entanto, alguns dos donos de lojas olham com cepticismo para estas soluções, considerando que as protecções "não impedem que a água entre, mas que ela saia". "É que a água vai entrar nas lojas nem que seja pelos esgotos", salientou João Silva, um dos empresários que reside na zona.
No resto do distrito, o caudal dos rios não é tão preocupante e o Tejo tem revelado capacidade para receber o volume de água adicional, quer da barragem do Fratel, quer de Castelo de Bode. "A única situação mais preocupante é a bacia do Nabão", afirmou Luís Ferreira, do Governo Civil de Santarém.

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Fonte: Agência Lusa 25 de Outubro de 2006

559. Precipitação excede média normal para o mês

A quantidade de chuva registada desde o princípio do mês em Portugal Continental excedeu já, à excepção de Faro, a média mensal para Outubro, disse hoje fonte do Instituto de Meteorologia.
Na região Centro, e tendo em conta apenas as últimas horas, a precipitação está a ultrapassar ou a aproximar-se da média normal para todo o mês nalgumas estações.
Em Coimbra, entre as 00:00 e as 06:00 foram registados 75 mililitros de precipitação, que é a quantidade média para todo o mês, precisou. Na Guarda, por exemplo, caíram 108 mililitros entre as 18:00 de terça-feira e as 06:00 de hoje, quando o nível normal para o mês é de 150 mililitros.
E em Lisboa, também entre as 18:00 de terça-feira e as 06:00 de hoje, a precipitação registada foi de 83 mililitros, sendo que a média para todo o mês é de 80 mililitros.
Agência LUSA 2006-10-25

558. Quarta-feira, 25 de Outubro (Recortes da imprensa - I)

INUNDAÇÕES, QUEDAS DE ÁRVORES E UM MORTO NA CIDADE DE POMBAL
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Dezenas de inundações, deslizamentos de terras e quedas de árvores registaram-se de madrugada em vários distritos devido a uma noite de mau tempo que provocou uma vítima mortal na cidade de Pombal.
Fonte do Serviço Nacional de Bombeiros e da Protecção Civil disse à agência Lusa que ao longo da noite se registou em todo o país a queda de 205 árvores, 33 deslizamentos de terras e 463 inundações domésticas e nas vias públicas, s endo que 160 são no distrito de Lisboa. A mesma fonte adiantou que Lisboa, Santarém, Leiria, Coimbra e Castelo Branco são os distritos mais afectados pelo mau tempo. Na Serra da Estrela, a estrada Piornos-Manteigas estava cortada às 8:30 devido a deslizamento de terras.
De acordo com o SNBPC, as localidades mais afectadas foram a dos concel hos de Ourém, Leiria, Pombal e Porto de Mós. A Câmara Municipal de Pombal accionou o Plano Municipal de Emergência p ara fazer face à situação causada pelo mau tempo. Segundo o presidente da autarquia, Narciso Mota, "os prejuízos são incalculáveis. "Parte da cidade está sem luz, há calçadas levantadas, ribeiras obstruídas, caves de edifícios inundadas e supermercados danificados", disse o autarca. Narciso Mota adiantou também que uma mulher, com cerca de 80 anos "que sofria de problemas de coração", morreu hoje de madrugada em Pombal, devido a uma inundação.
A cidade de Fátima foi afectada por chuva e vento fortes, que provocara m inundações de caves, quedas de muros e deslizamentos de terras e entulhos para as estradas. Também os concelhos de Coimbra, Condeixa, Souselas e Montemor, no distrito de Coimbra, registaram muitas inundações em especial de carácter urbano, emb ora em menor grau.
Nos distritos a sul do Tejo, os Centros Distritais Operacionais de Soco rro (CDOS) de Portalegre, Setúbal, Évora, Beja e Faro disseram à Lusa que não têm conhecimento de danos humanos causados pelo mau tempo. Em Portalegre, foram registadas durante a noite quedas de árvores na via pública e em vários concelhos.
No distrito de Setúbal, os bombeiros deslocaram-se a 80 inundações urbanas - domésticas e na via pública - a maioria nos concelhos de Setúbal e Alcácer do Sal. Fonte do CDOS de Évora disse à Lusa que os bombeiros dos vários concelhos removeram 23 árvores caídas, deslocaram-se a sete inundações urbanas e tiveram de proceder à lavagem de duas vias, devido a acumulação de terras. Nos distritos de Beja e Faro há o registo de árvores caídas.
Quanto à região Norte, um aluimento de terras na Estrada Nacional 220, em Moncorvo, e inundações em garagens foram as principais ocorrências motivadas pelo mau tempo ao longo da noite nos distritos de Porto, Bragança, Braga, Viana do Castelo e Vila Real.
No que diz respeito ao trânsito, na zona da Redinha Pombal, registou-se alguma acumulação de água no IC 2 (antiga Estrada Nacional 1), mas sem afectar a circulação, disse a mesma fonte. As zonas da Cova da Iria/Fátima, no distrito de Santarém, e os concelhos de Leiria, Pombal e Porto de Mós são os mais afectados pelas inundações, verificando-se vastos lençóis de água naquela zona, em especial na Cova da Iria. Segundo o SNBPC, na Cova da Iria as chuvas fortes inundaram muitas lojas.
Em Lisboa, os Sapadores de Bombeiros de Lisboa registaram entre as 22:20 e as 06:30 de hoje na capital 160 pedidos de ajuda devido ao mau tempo. "Registámos inundações em habitações na via pública mas sem danos materiais", disse fonte da corporação, adiantando que "se registaram algumas quedas de árvores". Além de receber pedidos de ajuda, os Sapadores estiveram a limpar a via pública na zona do Estádio da Tapadinha, em Alcântara, depois de terem desimpedido a zona da Calçada da Carriche, à entrada da capital, que esteve encerrada ao trânsito no sentido Odivelas-Lisboa. Fonte da PSP trânsito disse à Lusa que às 7:30 não havia registo de problemas relevantes nas estradas com excepção da Calçada de Carriche que devido à inundação ocorrida durante a noite ficou com lama na via.
A circulação da linha ferroviária do Norte está suspensa entre Souselas e Coimbra B devido ao alagamento da via, enquanto a linha ferroviária do Algarve está parada entre Tunes e Faro, disse fonte da Refer. De acordo com o porta-voz da Refer - Rede Ferroviária, a circulação na linha do Norte está suspensa desde as 6:45 devido à acumulação de água, desconh ecendo-se para já quando é que será retomada. Na linha do Algarve, o vento forte fez cair uma catenária - mecanismo que fornece energia aos comboios - entre Tunes e Faro, pelo que este troço está s uspenso desde as 7:00. No que diz respeito às travessias fluviais em Lisboa, fonte da Transtejo disse à Lusa que o mau tempo não afectou a circulação, que está a decorrer com normalidade.
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PLANO DISTRITAL DE CHEIAS ACTIVADO EM SANTARÉM
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O pano distrital de cheias de Santarém foi activado esta manhã depois de uma das barragens do rio Tejo ter atingido a sua capacidade máxima devido ao mau tempo da madrugada, disse fonte do Governo Civil.
A barragem da Barcana começou a descarregar cerca das 7:30 para o rio Tejo, mas o caudal a jusante tem, para já, capacidade para receber aquele volume de água sem causar prejuízos às populações, disse Luís Ferreira, do gabinete do Governo Civil de Santarém. No entanto, a barragem da Matrena, no rio Nabão atingiu também já o seu limite e deverá começar a despejar água a partir das 9:00 causando um aumento de caudal do Tejo na zona de Almorol. "Apesar destes problemas, está tudo controlado, porque o Tejo tem capacidade para estas descargas", acrescentou Luís Ferreira, salientando que a melhoria do tempo ao início da tarde deverá diminuir o risco existente.
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SUSPENSOS TROÇOS DAS LINHAS FERROVIÁRIAS
DO NORTE E DO ALGARVE
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A circulação da linha ferroviária do Norte está hoje suspensa entre Souselas e Coimbra B devido ao alagamento da via, enquanto a linha ferroviária do Algarve está parada entre Tunes e Faro, disse fonte da Refer.
De acordo com o porta-voz da Refer - Rede Ferroviária, a circulação na linha do Norte está suspensa desde as 6:45 devido à acumulação de água, desconhecendo-se para já quando é que será retomada.Na linha do Algarve, o vento forte fez cair uma catenária - mecanismo que fornece energia aos comboios - entre Tunes e Faro, pelo que este troço está s uspenso desde as 7:00.
Portugal continental foi assolado durante toda a noite por chuvas e ventos fortes.
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FONTE: Agência LUSA 2006-10-25

557. Alentejo: chuva nas próximas horas ...


Intensidade de Precipitação (24.10.2006, 23h30)
Fonte:
Instituto de Meteorologia
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As próximas horas serão marcadas por entrada de nebulosidade procedente de Sudoeste, traduzida pela ocorrência de precipitação, afectando inicialmente as regiões do Alentejo e do Barlavento Algarvio e estendendo-se posteriormente para a região centro de Portugal Continental.

terça-feira, 24 de outubro de 2006

556. MADEIRA: Protecção Civil alerta para agravamento do mau tempo no arquipélago

O Serviço Regional de Protecção Civil (SRPC) emitiu hoje um aviso alertando para o agravamento do mau tempo nas próximas 24 horas no arquipélago da Madeira.
De acordo com as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia, neste arquipélago, o vento deverá soprar forte a muito forte e, nas zonas montanhosas, as rajadas poderão atingir os 120 quilómetros/hora. Precipitação por vezes intensa e possibilidade de ocorrência de trovoadas são outras razões que levaram o SRPC e os bombeiros da Madeira a desaconselharem os percursos pedestres (levadas) e a circulação de automóveis, sobretudo nas zonas montanhosas e nas vertentes expostas.
Devido aos ventos fortes, a Madeira é uma das regiões do país em alerta laranja, o que significa uma situação meteorológica de risco moderado a elevado. Apesar destas previsões, o movimento no aeroporto da Madeira está a decorrer com normalidade. Uma melhoria das condições do tempo deverá acontecer apenas a partir de quinta-feira.
Agência LUSA 2006-10-24 15:34:46

555. Alcobaça - Concelho foi ontem o mais atingido do País

O mau tempo que assola o País voltou ontem a causar estragos com inundações, quedas de árvores, aluimentos de terras e estradas obstruídas nos distritos de Leiria, Santarém, Coimbra, Beja e Évora. A situação mais grave verificou-se em Alcobaça, onde a Praça 25 de Abril, defronte do Mosteiro, ficou coberta de água, enquanto o Hotel das Termas da Piedade ficou isolado porque o Rio Alcoa galgou as margens.Ricardo Santos, assistente da direcção do hotel, explicou que dois turistas precisaram de ser retirados da unidade por um carro de bombeiros e que três funcionários fizeram a viagem contrária para poderem ocupar os seus postos de trabalho. A água atingiu 70 a 80 centímetros de altura em redor do hotel, inundando a cave e o bar das piscinas. Houve danos em vários equipamentos – arcas frigoríficas, torneiras de cerveja, mobiliário – e paralisaram as obras que decorrem para edificação de um spa e reactivação das termas.
“Tem de se criar uma forma de a água ser bombeada através de uma estação elevatória”, disse Ricardo Santos. O hotel situa-se a 70 metros do Alcoa, mas abaixo da quota do Rio, que tem provocado inundações ao longo dos anos.
Devido às fortes chuvadas ocorridas entre as 05h00 e as 09h00 de ontem, a acumulação de água na praça 25 de Abril, no centro de Alcobaça, atingiu uma altura de 30 a 40 centímetros, invadindo estabelecimentos de comércio tradicional. “É a quarta vez que temos uma inundação”, protestou Odete Leal, dona de uma loja de decoração. “Desde que fizeram aqui obras estava mais tranquila, pensei que não voltava a acontecer, mas afinal não resolveram nada”, referiu, criticando o trabalho da protecção civil: “Deviam pelo menos ter limpo as sarjetas com antecedência, o que não fizeram. É uma falha grave.”
No centro histórico de Alcobaça abateu um passeio junto a uma das pontes do Rio Alcoa e, no resto do concelho, registaram-se inundações de caves e garagens. O mau tempo fez estragos também nos distritos de Coimbra e Santarém e no Alentejo, onde os bombeiros foram chamados a residências para resolver inundações sem gravidade.
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PREJUÍZOS EM VÁRIOS DISTRITOS
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LEIRIA - Entre a meia-noite e as 11h00 de ontem, o Centro Distrital de Operações de Socorro de Leiria registou pedidos de ajuda relacionados com 19 inundações e quatro quedas de árvores em sete concelhos do distrito, além de aluimentos de terras e vias temporariamente obstruídas;
SANTARÉM - Fátima, Caxarias (Ourém) e Abrantes foram as localidades mais afectadas pelo mau tempo no distrito de Santarém, havendo registo de quedas de árvores e inundações sem gravidade em cave e garagens. Em Fátima, uma loja da cadeia alimentar Pingo Doce foi afectada.
BOMBEIROS TRABALHARAM DESDE MADRUGADA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS - Em Alcobaça choveu com mais intensidade entre as 05h00 e as 09h00. A acumulação de água causou a saturação do subsolo e, no centro histórico, provocou o aluimento de um passeio junto a uma das pontes do Rio Alcoa. O local, que dá acesso a um pequeno miradouro sobre o rio, foi vedado pela protecção civil para evitar a passagem dos peões.
O trabalho dos bombeiros começou de madrugada – o primeiro pedido de auxílio ocorreu às 05h40 – e ainda decorria ao final da manhã, com limpeza de passeios e arruamentos. Ao todo foram mobilizados 20 bombeiros e sete viaturas da corporação local de Voluntários para resolver ocorrências em todo o concelho. Não há registo de danos pessoais.
As obras no centro histórico de Alcobaça custaram vários milhões de euros e causaram um braço-de-ferro entre a autarquia e os comerciantes. Odete Leal, dona de uma loja de decoração invadida pela água, criticou a incapacidade dos projectistas para acabar com as inundações, que já eram comuns antes das obras de reabilitação da zona frente ao mosteiro. O Rio Alcoa transbordou e o Hotel das Termas da Piedade, a poucos quilómetros de Alcobaça, ficou isolado no centro de uma poça de água gigante. Além dos danos em equipamentos e do transtorno para clientes e funcionários, a situação provocou a paralisação das obras do novo spa e de recuperação das instalações das termas.
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Fonte: Jornal
CORREIO DA MANHÃ

554. Carta Sinóptica de Superfície


Carta Sinóptica de Superfície prevista para
25 de Outubro de 2006 (00h00)
Fonte:
Met Office

553. Portugal Continental: Previsão do estado do tempo para hoje e amanhã

TERÇA-FEIRA
Céu muito nublado a encoberto. Vento em geral fraco de sul, tornando-se moderado com rajadas, e intensificando temporariamente para forte, com rajadas até 90 km/h, no Litoral e zonas montanhosas das regiões do Sul e para forte a muito forte, com rajadas até 120km/h, de sudoeste nas terras altas doNorte e do Centro.
Períodos de chuva, estendendo-se do Litoral para o Interior, sendo por vezes moderada a forte a partir da manhã e em especial nas regiões do Interior onde poderá ser muito forte a partir do fim datarde.
Condições favoráveis à ocorrência de trovoada a partir da manhã.
ESTADO DO MAR:
Costa Ocidental - Ondas de sudoeste com 4,5 a 5 metros, aumentando para 5 a 7 metros para o fim do dia.
Costa Sul - Ondas de sudoeste com 3,5 a 4 metros, aumentando para4,5 a 6 metros para o fim do dia.
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QUARTA-FEIRA
Céu em geral muito nublado. Vento moderado com rajadas, de sudoeste, soprandotemporariamente forte com rajadas até 90km/h, no Litoral e zonas montanhosas das regiões do Sul e forte a muito forte (40 a 60km/h), com rajadas até 120km/h, nas terras altas doNorte e do Centro, enfraquecendo para o fim do dia.
Períodos de chuva, por vezes moderada a forte em especial nas regiõesdo Sul onde poderá ser muito forte até ao início da manhã, passandogradualmente a regime de aguaceiros, por vezes moderados.
Condições favoráveis à ocorrência de trovoada, em especial nas regiões do Sul até ao fim da manhã.
Pequena subida da temperatura mínima e pequena descida da temperaturamáxima.
ESTADO DO MAR:
Costa Ocidental - Ondas de sudoeste com 6 metros, diminuindo para4 a 5 metros.
Costa Sul - Ondas de sudoeste com 5 a 6 metros, diminuindo para 4 a5 metros.

552. Terça-feira, 24 de Outubro (08h00)


segunda-feira, 23 de outubro de 2006

551. Mudança climática deverá trazer calor extremo e tempestades

Boa parte do mundo - especialmente o Brasil, o oeste dos Estados Unidos e a região do Mediterrâneo - irá sofrer secas mais prolongadas, fortes tempestades e ondas de calor mais duradouras durante os próximos cem anos devido ao aquecimento global, previu um novo estudo realizado por cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR) dos EUA, da Universidade do Texas e do Centro de Pesquisas do Bureau de Meteorologia da Austrália.
Episódios recentes de ondas de calor letais nos EUA e na Europa, secas prolongadas no Oeste americano e fortes chuvas e nevascas na América do Norte, Europa e Ásia indicam o rumo das mudanças climáticas de longo prazo que estão a caminho, de acordo com um novo estudo, baseado em diversos dos modelos climáticos mais avançados do mundo.
Boa parte do mundo enfrentará um risco maior de ondas de calor, chuvas intensas e outros eventos climáticos extremos, dizem cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR) dos EUA, da Universidade do Texas e do Centro de Pesquisas do Bureau de Meteorologia da Austrália. O novo estudo, chamado Indo aos Extremos, aparecerá na edição de dezembro do periódico Climatic Change.
Muitos estudos anteriores analisaram como a temperatura média ou a média de chuvas poderão mudar no próximo século, à medida que a concentração dos gases do efeito estufa aumenta. Esta nova pesquisa olha, com mais atenção, para os chamados eventos extremos. "São os extremos, não as médias, que causam a maior parte do dano à sociedade e a muitos ecossistemas", diz a cientista do NCAR, Claudia Tebaldi, principal autora do estudo. "Temos agora o primeiro consenso baseado em modelos climáticos sobre como o risco de ondas de calor, chuvas intensas e outros tipos de fenômeno extremo mudarão no próximo século".
Este trabalho é uma das primeiras análises a se basear nas simulações de computador executadas, recentemente, para o Comitê Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC). O próximo relatório do IPCC deverá ser divulgado em 2007. Tebaldi e seus colegas basearam o trabalho em simulações de nove diferentes modelos do clima para os períodos 1988-1999 e 2080-2099. As simulações foram criadas em supercomputadores de centros de pesquisa da França, Japão, Rússia e EUA. Cada modelo simulou o período 2080-2099 três vezes, variando o nível de acumulação de gases do aquecimento global na atmosfera.
Em todos os cenários, os modelos concordam que, entre 2080 e 2099, o número de noites extremamente quentes e a duração das ondas de calor aumentarão de forma significativa sobre todas as massas de terra do globo. Durante as ondas de calor, noites quentes são especialmente perigosas, porque as pessoas têm menos oportunidade de se refrescar.
A maioria das áreas acima dos 40º de latitude norte verão um salto importante no número de dias com chuva pesada, acima de 1,2 cm. Isso inclui a maior parte da Europa. Muitas dessas tendências perde bastante força no cenário de baixas emissões de gases do efeito estufa, em comparação com os cenários moderado e alto.
Os autores sugerem que a redução nas emissões poderá, portanto, reduzir os riscos de ocorrência dos eventos mais catastróficos.
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Fonte:
TecnoCientista

550. Governo dos Açores apoia contratação de investigadores para centro de climatologia

O Governo Regional dos Açores vai apoiar a contratação de novos investigadores para o novo Centro de Climatologia, Meteorologia e Mudanças Globais da universidade local, através do financiamento de duas bolsas de pós-doutoramento.Hoje (dia 19 de Outubro) foi formalizado um protocolo entre a direcção regional da Ciência e Tecnologia e a universidade açoriana, que prevê a contratação de novos investigadores que vão desenvolver as suas actividades nos domínios da meteorologia e da climatologia. O acordo contempla uma comparticipação financeira anual de 41.880 euros, renovável até ao limite máximo de dois anos, contemplando a atribuição anual de 20.940 euros por bolsa, valor calculado com base na definição de um subsídio mensal por bolseiro de 1745 euros.
A medida pretende apoiar a formação de recursos humanos especializados em áreas de interesse prioritário para a região e criar condições para atrair investigadores de mérito para o arquipélago e promover a excelência científica, refere o protocolo.
Na ocasião foi assinado igualmente um outro protocolo para reequipamento científico do centro de climatologia, no valor de 88 mil euros. O director regional da Ciência e Tecnologia sublinhou que, em dois anos, o investimento do governo regional ultrapassa os 4,5 milhões de euros destinados às áreas da investigação e desenvolvimento. Esse investimento, no âmbito do Plano Integrado para a Ciência e Tecnologia, refere-se a apoios a actividades de funcionamento, recrutamento de investigadores, reequipamento científico e à dinamização de diversos projectos de investigação, explicou João Luís Gaspar.
O reitor da Universidade dos Açores defendeu que a investigação nas universidades tem que ser cada vez mais uma tarefa colectiva, devendo desenvolver-se, sobretudo, em centros que estejam sujeitos "a uma avaliação externa regular". Segundo Avelino Meneses, esta é uma condição indispensável para a conquista de crédito e obtenção de maior financiamento, alegando que em Portugal, onde a iniciativa privada "peca muitas vezes por debilidade, o poder político tem de suprir muitas carências".
"Na região, o incremento da investigação científica depende muito do apoio oficial, neste caso do governo regional", afirmou o reitor da academia açoriana, para quem os financiamentos governamentais servem, também, para relembrar "a uma tutela mais distante, por vezes menos desperta, que as singularidades da região exigem soluções próprias".
O centro situa-se no pólo da Terra Chã, na ilha Terceira. As suas actividades passam pela previsão do estado do tempo e da agitação marítima e pela monitorização climática.
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Fonte:
Jornal PÚBLICO

549. Norte do país sem alerta de cheias

O Instituto de Meteorologia não consegue prever, num curto espaço de tempo, ou medir de imediato, quadros de períodos de chuva intensa, que podem provocar cheias rápidas ou inundações, na zona Norte do país. Isto porque aquela região «não está coberta» por um radar meteorológico, instrumento fundamental para a previsão e medição dos fenómenos de precipitação forte.
A falha foi admitida ao PortugalDiário pela meteorologista Ilda Novo, reconhecendo que «na zona Norte não há radar meteorológico, por isso está mal coberta». Aqueles equipamentos existem apenas em Lisboa e Faro. A zona norte do país continua à espera. «Está previsto um radar para o Norte, mas penso que ainda não foi instalado porque custa muito dinheiro», justifica Ilda Novo. Desta forma, o alerta de cheias rápidas ou inundações pode estar comprometido no Norte do país.
A avaliação de outros fenómenos meteorológicos, como é o caso de tornados também não está, neste caso, ao alcance do Instituto de Meteorologia. Foi o que aconteceu quando o Portugal Diário tentou confirmar a passagem de um tornado pela zona de Vila do Conde, ao início da manhã de quarta-feira.
O fenómeno foi avistado por Armando Cunha, que durante três anos trabalhou na estação meteorológica da Serra do Pilar, quando, de regresso a casa, circulava na A-28, na zona de Vila Chã. «Estava a conduzir quando reparo no meu lado direito, enquanto observava alguns relâmpagos que ocorriam no interior dessa mesma nuvem, um cone que começa a pender da nuvem, que se desenvolvia em direcção ao solo ou mar», relata Armando Cunha que, de imediato, pegou no telemóvel e fotografou o fenómeno. «Não tenho dúvidas de que era um tornado», garante.Os bombeiros de Vila do Conde asseguram, no entanto, que apesar de algumas «cargas de água», no local não se registaram quaisquer ocorrências.
Impedidos de estimar a intensidade da precipitação, os meteorologistas baseiam-se apenas «nos relatos das pessoas» que chegam ao Instituto. E no caso de Vila Conde, apoiada no relato considerado «credível» do ex-funcionário da estação meteorológica da Serra do Pilar, Ilda Novo aponta para a possibilidade de se ter tratado de uma tromba de água, uma vez que o fenómeno terá ocorrido no mar, não tendo chegado a terra. «Há uma situação de instabilidade que pode ter dado origem a esse fenómeno», remata a meteorologista.
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Fonte:
PortugalDiário

548. ODIVELAS: Exposição assinala dia da redução de catástrofes naturais

A Câmara Municipal de Odivelas celebrou o Dia Mundial para a Redução das Catástrofes, que decorreu no dia 11 de Outubro, com a inauguração de uma exposição no Odivelas Parque.
Porque “uma sensibilização precoce sobre os riscos e as vulnerabilidades é o caminho mais eficaz para a prevenção”, a autarquia associou-se à iniciativa impulsionada pelo Serviço Municipal de Protecção Civil de Odivelas, oferecendo à população, em geral, uma mostra de fotos e textos explicativos sobre as mais variadas catástrofes naturais. Desde sismos, tsunamis, vulcões, avalanches passando pelas mais vulgares cheias, secas ou incêndios, entre outras, há ainda referência a casos reais e ocorridos em Portugal, tudo em nome da transmissão de conhecimentos necessários para saber agir e antecipar situações de risco.
“Levar as pessoas a interessarem-se por este tipo de fenómenos e que tenham em conta todos os aconselhamentos que a Protecção Civil faz” é então o objectivo principal desta exposição segundo Vítor Peixoto. O vereador responsável pela área da Protecção Civil advertiu ainda que, para o caso dos Odivelenses não estarem preparados para enfrentar qualquer uma destas calamidades, “é importante ao menos saberem como agir perante as situações”.
Esta mostra surge assim no seguimento do tema seleccionado este ano pelas Nações Unidas para celebrar este dia Mundial: “A redução de Catástrofes começa na Escola”, sendo que para além da população em geral, esta exposição é também, e sobretudo, dirigida à comunidade escolar, “pois é desde cedo que se incutem e interiorizam os princípios básicos de prevenção”. Para o efeito, foram desafiadas a visitar esta exposição algumas escolas do Concelho, que em breve terão um espaço próprio para aprender a lidar com possíveis desastres, agir perante os avisos e reduzir os riscos, tudo através de pequenas simulações. A Escola Municipal de Protecção Civil está, segundo as palavras do vereador, “com os procedimentos em marcha com vista à execução das obras, mas também estamos a aguardar um patrocínio de uma empresa do Concelho. Um patrocínio na sua totalidade ou na parcialidade do custo destas obras e equipamento”, dada a verba de 60 mil euros que a CMO terá de disponibilizar para realizar este projecto, verba essa que “é agora muito grande para o Município”, sublinha.
Estiveram ainda presentes nesta inauguração que vai estar patente até ao próximo dia 17 de Outubro, o vice-presidente Manuel João Ribeiro e Francisco Teixeira da parte do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil; Ana Roque em representação do Comando Distrital de Bombeiros e Anabela Cardante do Instituto Português da Juventude.
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Fonte:
Nova Odivelas

547. Noções de Meteorologia – Frentes, anticiclones e centros de baixas pressões (V)

Massas de ar polar
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Apesar do seu nome, as regiões que estão na origem destas massas de ar situam-se em zonas muito afastadas dos pólos, entre os 50º e os 70º de latitude.
As massas continentais são frias, secas e de estratificação estável porque se formam em zonas de altas pressões do interior da Ásia Central e do Canadá, não existindo mananciais no Hemisfério Sul porque predominam superfícies oceânicas naquelas latitudes.
Quando estas massas de ar se deslocam para Sul, sobre regiões terrestres mais quentes, aumentam a sua temperatura e tornam-se instáveis, dando origem à formação de cúmulos mas sem darem origem a precipitações.
Pelo contrário, quando se deslocam sobre superfícies oceânicas, o ar inicialmente seco pode converter-se em tropical marítimo, formando bancos de neblinas ou nuvens estratiformes (com chuviscos associados). Sobre zonas mais quentes podem dar origem ao desenvolvimento de sistemas tempestuosos.

546. Esta noite: Linha de instabilidade no Baixo Alentejo


DOMINGO, 22/10/2006 (23h00)
Instituto de Meteorologia

545. Próxima Quarta-feira (II)


Mean sea level pressure, wind speed at 850 hPa and
geopotential 500 hPa (25.10.2006, 00h00)
Fonte: ECMWF

544. Próxima Quarta-feira (I)


Carta Sinóptica de Superfície
(prevista para 25.10.2006,00h00)
Fonte:
Met Office

domingo, 22 de outubro de 2006

543. Portugal Continental: Situação Sinóptica

A existência de um potente Anticiclone sobre a Gronelândia (ALIMENTADOR DE AR FRIO), conjugado com o deslocamento do Anticiclone dos Açores para latitudes mais baixas e a presença de uma cunha de altas pressões que se estende desde o Norte de África até ao interior da Rússia (BARREIRA À PENETRAÇÃO E AO RÁPIDO DESLOCAMENTO DAS MASSAS DE AR DE OESTE PARA LESTE), estão a contribuir para o surgimento e deslocamento de sistemas frontais, associados a centros de baixas pressões, no Atlântico Norte, à latitude da Península Ibérica, que, no seu deslocamento para nordeste “roçam” o litoral atlântico do Continente Europeu.
Esta situação tem sido responsável pela passagem de sistemas frontais muito activos e massas de ar relativamente quentes e bastante húmidas sobre o território de Portugal Continental, que estão na origem da ocorrência dos elevados valores de precipitação registados nos últimos dias um pouco por todo o Continente.Nos próximos dias, com o previsível isolamento de um núcleo de ar frio em altitude a Oeste da Península Ibérica, tenderá a formar-se uma vasta área de baixas pressões, bastante cavada, frente às costas de Portugal Continental, o que irá contribuir para a continuação de instabilidade em todo o território de Portugal Continental, com precipitação muito elevada e vento muito forte do quadrante Sul na Terça-feira, dia 24, e primeira metade do dia de Quarta-feira, dia 25.
Esta instabilidade tenderá a diminuir na tarde de Quarta-feira, sobretudo nas regiões do Norte.
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LINKS PARA CONSULTA DE CARTAS SINÓPTICAS DE SUPERFÍCIE E DE ALTITUDE:
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ECMWF (Centro Europeu de Previsão a Médio Prazo)
-
Met Office (Instituto Meteorológico do Reino Unido)

542. Domingo, 22 de Outubro (Intensidade da Precipitação)

Imagem de Radar às 16h30
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(Fonte:
Instituto de Meteorologia)

541. Chuva intensa causa inundações e desabamentos de terra

"Há registo de inundações e desabamentos de terra em várias zonas do país, mas nada que possa ser considerado grave", disse à Lusa uma fonte do Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Os Sapadores Bombeiros de Lisboa têm sido chamados a intervir em "muitas situações" derivadas da chuva intensa, mas garantem que "não há danos pessoais ". "Temos sido chamados a intervir para desentupir algerozes em habitações e em algumas ruas inundadas pela água da chuva. A haver danos, são apenas mater iais", acrescentou um comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, que referiu que "são situações normais para a época do ano".
O Hipermercado Feira Nova, na Venda Nova, concelho da Amadora, fechou h oje ao princípio da tarde devido ao mau tempo. "Caiu alguma água da chuva no nosso armazém e, então, foi decidido encerrar ao público o hipermercado", disse à Lusa um responsável do espaço comercial. O desvio do IC 19 (Lisboa/Sintra) para o Palácio de Queluz também está fechado devido à chuva, tendo sido chamados a intervir a corporação de Bombeiros local.
Na região Centro, o mau tempo tem provocado quedas de árvores e pequenas inundações nos distritos da Região Centro, embora sem causar danos ou problemas de maior, apurou a Lusa numa ronda pelos Centros Distritais de Operação de Socorro (CDOS).
No distrito de Aveiro, foram registadas inundações domésticas e quedas de árvores nos municípios de Vagos, Oliveira do Bairro, Águeda, Albergaria e na própria cidade, e vários acidentes na A25, sem provocar feridos.
Em Barcelos, pelo menos 12 freguesias do concelho foram atingidas pelo mau tempo, que provocou "elevados prejuízos materiais", sem, contudo, provocar feridos, disse à Lusa fonte dos Bombeiros locais.
Por outro lado, o Comando Naval informou que, devido ao mau tempo, está encerrada a barra de São Martinho do Porto e estão condicionadas as barras de A veiro e Figueira da Foz.
A barra de Aveiro está encerrada a embarcações de comprimento inferior a 15 metros e a da Figueira da Foz está fechada a embarcações de comprimento inferior a 11 metros.
O Instituto de Meteorologia (IM) elevou de nove para 11 os distritos do Centro e Norte do país em alerta "laranja" devido ao mau tempo, que está a estender-se progressivamente às regiões do Sul do território continental. O alerta "laranja", o segundo mais elevado numa escala de quatro, refer e-se a uma situação meteorológica de risco moderado a elevado.
O IM decretou hoje o alerta "laranja" para Castelo Branco e Guarda devido a forte precipitação, que poderá ser acompanhada de trovoada. Já estavam em alerta "laranja" os distritos de Leiria, Coimbra, Aveiro, Viseu, Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança.
O resto do território de Portugal continental mantém-se em alerta "amarelo", correspondente a situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica. O alerta "amarelo" nos distritos do Sul deve-se a precipitação nas regiões do interior, acompanhada de vento forte e agitação marítima nas zonas costeiras.
O IM prevê para hoje um agravamento do estado do tempo, com a aproximação e passagem de uma superfície frontal fria que deverá fazer chegar a chuva forte a todo o território, iniciando-se nas regiões do norte e progredindo para sul, de noroeste para sudeste.
O vento forte com rajadas da ordem dos 100 quilómetros por hora far-se-á também sentir no litoral e terras altas, bem como as condições favoráveis à ocorrência e trovoadas em todo o território continental.
Agência LUSA 2006-10-22 15:46:49

sábado, 21 de outubro de 2006

540. INFORMAÇÃO: Comunicado do INSTITUTO DE METEOROLOGIA

Carta Sinóptica de Superfície prevista para
22 de Outubro de 2006 (06h00)
Fonte:
Meteo Office
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COMUNICADO DO
INSTITUTO DE METEOROLOGIA
Comunicado válido entre 2006-10-21 14:24:00 e 2006-10-22 14:24:00
Assunto: Chuva Forte
Uma vasta região depressionária localizada no Atlântico Norte e à qual estão associados sistemas frontais, tem condicionado o estado de tempo em Portugal nos últimos dias. A passagem de um sistema frontal muito activo pelo Continente durante o dia de Domingo, irá agravar novamente o estado do tempo, prevendo-se chuva contínua generalizada a todo o território e vento forte ou muito forte com rajadas até 100 km/h, no litoral e terras altas. Na região Norte e na Beira Litoral, as quantidades de precipitação deverão ser muito elevadas, atingindo os valores de precipitação acumulada em seis horas do limite de alerta Laranja.
Data de edição: 2006-10-21 15:16:01